america latina 1 julho de 2015 publicado
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A crise no mercado brasileiro deve fazer com que o desempenho das empresas aéreas na América Latina seja o pior entre todos os continentes em 2015. A expectativa foi divulgada na quinta-feira (10), pela Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata).
A estimativa é que as companhias da região terminem 2015 com perdas de US$ 300 milhões. Inicialmente, a avaliação era de que a as empresas da América Latina teriam ganhos de US$ 600 milhões.
No Brasil, a crise ainda foi aprofundada pela alta dos custos, fazendo do País um dos mais caros para a operação das empresas do setor aéreo. Nos últimos 12 meses, o real perdeu mais de um terço de seu valor contra o dólar.
No primeiro semestre, as aéreas brasileiras registraram perdas de R$ 1,5 bilhão. Os prejuízos no Brasil se contrastam com um resultado positivo no restante do mundo e com lucros líquidos de US$ 33 bilhões, 4,6% acima de 2014 e um recorde.
"O Brasil está mergulhado em uma tempestade perfeita, enquanto empresas aéreas tentam lutar diante do peso de uma recessão cada vez mais profunda", indicou Peter Cerda, vice-presidente da Iata para as Américas. "A deterioração do real e políticas governamentais estão impondo altos custos para a indústria", apontou.
"Comparado a 2014, os custos para as empresas aéreas aumentaram em 24%, enquanto a renda aumentou em apenas 3,7% durante o mesmo período", explicou a Iata. Em termos de passageiros, o setor no Brasil viu contração de viagens ao exterior e o setor apenas registra alta graças a viagens internas.