Português, perguntado por estevesmonica941, 10 meses atrás

Amar

Que pode uma criatura senão, entre criaturas, amar? Amar e esquecer, amar e malamar, amar, desamar, amar? Sempre, e até de olhos vidrados, amar? Que pode, pergunto, o ser amoroso, sozinho, em rotação universal, senão rodar também, e amar? Amar o que o mar traz à praia, e o que ele sepulta, e o que, na brisa marinha, é sal, ou precisão de amor, ou simples ânsia?

Amar solenemente as palmas do deserto, o que é entrega ou adoração expectante, e amar o inóspito, o áspero, um vaso sem flor, um chão de ferro, e o peito inerte, e a rua vista em sonho, e uma ave de rapina. Este o nosso destino: amor sem conta, distribuído pelas coisas pérfidas ou nulas, doação ilimitada a uma completa ingratidão, e na concha vazia do amor a procura medrosa, paciente, de mais e mais amor. Amar a nossa falta mesma de amor, e na secura nossa amar a água implícita, e o beijo tácito, e a sede infinita. Carlos Drummond de Andrade



1- Analise, inicialmente, a primeira estrofe e responda:

a) Segundo o “eu poético”, o ato de amar é uma vocação. Que versos sugerem essa ideia?







b) É possível perceber que, segundo o “eu poético”, o ato de amar acontece quando o indivíduo se encontra em uma determinada circunstância. Que circunstância é essa?







c) Amar, de acordo com o poema, é uma atitude finita? Justifique sua resposta.





Soluções para a tarefa

Respondido por catarinars11
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Resposta:

1-

a)“Que pode uma criatura senão, / entre criaturas, amar?”

b)Quando ele está entre criaturas.

c)  Não, pois de acordo com o poema, amar é cíclico, como pode ser observado nesses versos: “amar e esquecer, / amar e malamar, / amar, desamar, amar?


mateusalberto0801: [10DD00]▷◉──────00:20[
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