Biologia, perguntado por isabellacarvalhodoss, 9 meses atrás

aluno Bernardo, de 21 anos, 1,80 m e 78 kg, iniciou acompanhamento nutricional, pois começará a praticar musculação em treinos de 45 minutos durante 5 vezes na semana, visando à hipertrofia. Em seus relatos, durante a anamnese nutricional, Bernardo comentou que está consumindo Whey Protein por indicação de um amigo, que também pratica musculação e faz uso de tal suplemento para ganhar massa muscular.

A partir da análise do consumo alimentar diário do Bernardo (cardápio de um dia) e do quadro comparativo entre aminoácidos de alimentos proteicos e do Whey Protein, responda as seguintes questões:

A) O nutricionista deverá orientar o uso Whey Protein para Bernardo? Justifique.

B) Quais orientações seriam iimportantes para Bernardo em relação ao consumo de suplementos proteicos e hipertrofia muscular?

Soluções para a tarefa

Respondido por ronygyn
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Resposta:

Explicação:

PADRÃO DE RESPOSTA ESPERADO

A) Não. As necessidades proteicas do Bernardo, tomando por base o seu peso atual e o tipo de atividade física desenvolvida, são de 125 g/dia (peso atual: 78 kg; recomendação proteica para modalidades de força: 1,6 a 1,8 g/kg de peso = 78 x 1,6 = 125 g/dia). Conforme o cardápio diário habitual, as demandas proteicas de Bernardo estão plenamente atingidas e, assim, não há necessidade de utilizar suplemento proteico. A partir do consumo diário de proteínas que foi apresentado, caso haja uso de suplementação, a oferta proteica ficará muito elevada e isso poderá ser prejudicial ao estado de saúde e ao desempenho esportivo. Uma possível justificativa para o uso da Whey Protein nesse caso seria a oferta completa de aminoácidos essenciais, que favorecem a síntese proteica muscular e a recuperação pós-treino. Entretanto, ao compararmos a composição de aminoácidos proveniente da alimentação do Bernardo, verifica-se que a mesma é plenamente compatível à composição da Whey Protein, ratificando não ser pertinente o uso de suplementação. Nesse tipo de contexto, sempre é importante comparar a disponibilidade e a quantidade de aminoácidos presentes nos suplementos com sua oferta nos alimentos fonte, pois, muitas vezes, percebe-se que praticamente não há diferença e sempre é melhor utilizar o alimento, pois é natural e melhor aproveitado pelo organismo, além de oferecer diversos outros nutrientes.

B) Existe certo mito de que quanto maior a ingestão de proteínas, maior será a hipertrofia muscular. Isso colabora com o consumo desnecessário e, muitas vezes, prejudicial à saúde, uma vez que inúmeros praticantes de atividade física e atletas não recebem orientação profissional específica e acabam por seguir condutas erradas. A ingestão proteica diária deve ser proveniente da alimentação cotidiana, desde que nutricionalmente adequada, pois proporcionará ao indivíduo proteínas de boa qualidade e a disponibilidade correta de aminoácidos, que atenda às suas demandas. Diversos estudos sugerem ou recomendam que o uso dos suplementos proteicos deva estar de acordo com a ingestão proteica total. O consumo adicional desses suplementos acima das necessidades diárias (1,8 a 2 g/kg/dia) não determina ganho de massa muscular adicional, nem promove aumento do desempenho. A hipertrofia muscular acontece como consequência do treinamento e o descanso suficiente entre as sessões, associados a uma alimentação variada e equilibrada em nutrientes e não somente com a oferta excessiva de proteínas. Ressalta-se que uso elevado de suplementos pode ocasionar uma redução no consumo alimentar e, nesse caso, seria considerada uma substituição e não uma complementação. Ainda, o excesso proteico muitas vezes está relacionado a uma menor ingestão de carboidratos. Quando isso ocorre, o organismo pode produzir uma quantidade considerável de ácidos, que modificará o equilíbrio acidobásico do sangue, o que pode provocar perda de massa muscular com consequente redução no desempenho.

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