almoço de Natal, [...] tivemos a grata satisfação de receber em nosso apartamento nossos filhos, netos, genros e nora. Foi uma tarde alegre que se estendeu até às 22 horas. [...] Tudo que era utilizado, isto é, que poderia ser colocado na lavadora de louças, lá era colocado. Certo momento lembrei-me da casa de meus pais, em datas semelhantes. Em princípio, quando ainda criança, era um dia quase normal, pela manhã abríamos nossos presentes e íamos imediatamente para a calçada [...]. Isso era nossa festa, não havia almoço de Natal, embora nossa mãe caprichasse um pouco mais nessas datas. Ganhávamos também roupas novas, para a visita aos nossos avós. O que me veio à memória foi nossa mãe areando os talheres, em contraste com o que estava acontecendo aqui em casa, tudo lavado pela máquina. Os talheres daquela época eram fabricados com materiais que sofriam oxidação1 e precisavam ser lavados imediatamente após o uso. [...] Depois de utilizados, minha mãe levava-os para areá-los no quintal. Sentada em um banquinho tendo à frente uma bacia com água, sabão caseiro feito a partir de banha de porco, duas ou três buchas vegetais, que colhíamos de uma trepadeira vulgarmente conhecida por Lufa, plantada pela nossa mãe. Também contava com areia da praia, que ela mesma recolhia, colocada em uma pequena vasilha que, juntamente com a bucha, ajudava a deixar os talheres brilhantes. O ritual iniciava-se com ela acomodando os menores a seu lado e entregando uma colher a cada para que imitassem os seus gestos. Para nós, era um exercício saudável, estar ao lado dela e o seu cuidado eram a nossa proteção. [...] Éramos seis irmãos, na década de 1950, depois nasceram mais dois, o que não abalara a sua paciência. Com o passar do tempo, os natais na casa de nossos pais foram ficando mais alegres, com a participação dos filhos, noras e netos. Sob o comando de nosso pai, imitando Papai Noel, acontecia a entrega de presentes comprados por ele para todos ali. Nossa mãe e nossa irmã se responsabilizavam pelos comes e bebes, tudo a correr perfeitamente. A casa ficava igual ao que estamos vivendo agora, em nosso apartamento. E a vida continua, desta vez com o meu filho fazendo as vezes do Papai Noel. [...] *Vocabulário: 1oxidação: ato ou efeito de oxidar; oxigenação. PEREIRA, Gilberto Carvalho. Areando talheres. In: Recanto das Letras. 2020. Disponível em: . Acesso em: 29 dez. 2020. Fragmento. Nesse texto, no trecho “Foi uma tarde alegre...” (1º parágrafo), a forma verbal em destaque foi usada para apresentar uma ação que vai acontecer. demonstrar uma ação presente. indicar uma ação terminada. marcar uma ação que ocorre com frequência.
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Resposta:
cara voce esta no ced em vei eu tentei a a)
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minipotter5162:
MT obrigado sério
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