Alma minha gentil, que te partiste
Alma minha gentil, que te partiste
Tão cedo desta vida descontente,
Repousa lá no Céu eternamente,
E viva eu cá na terra sempre triste.
Se lá no assento Etéreo, onde subiste,
Memória desta vida se consente,
Não te esqueças daquele amor ardente,
Que já nos olhos meus tão puro viste.
E se vires que pode merecer-te
Algũa cousa a dor que me ficou
Da mágoa, sem remédio, de perder-te,
Roga a Deus, que teus anos encurtou,
Que tão cedo de cá me leve a ver-te,
Quão cedo de meus olhos te levou.
Luís Vaz de Camões, in "Sonetos"
1. Considerando o que diz, para quem e com que propósito o faz, como podemos caracterizar o eu lírico?
2. O poema lança mão, principalmente, das figuras “antítese”, “metáfora” e “eufemismo” como recurso de estilo. Evidencie tais figuras a fim de justificar a finalidade expressiva e comunicativa de cada uma delas no contexto.
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Resposta:
desculpa mas qual a pergunta
Explicação:
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