Alison Entrekin, que está traduzindo Grande Sertão: veredas para o inglês, fala das dificuldades de reconstruir uma obra inclassificável. A parte mais difícil do trabalho, para ela, “não é a interpretação da obra, mas a recriação da linguagem. Porque o autor do livro criou neologismos e uma sintaxe nova, para a qual não existe nada equivalente em inglês. E ao mesmo tempo é uma linguagem peculiar e verossímil em português. Você imagina alguém falando daquele jeito no Sertão. Não poderia buscar um dialeto parecido em qualquer outra parte do mundo porque seria importar algo de outra realidade.”
BORTOLOTI, M. Disponível em: . Acesso em: 18 dez. 2019. [Fragmento]
Os desafios apontados pela tradutora ao trabalhar com um livro inspirado na oralidade do Sertão do Brasil revelam a
A. compatibilidade da fala dos brasileiros com a língua registrada no livro.
B. aproximação entre a linguagem oral existente em distintas culturas.
C. equivalência das variações da língua nas diferentes regiões do país.
D. relação entre as variações da língua e a cultura na qual ela se insere.
E. semelhança entre a criação de uma linguagem e a coerência da língua.
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