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Data de entrega
05/11/2020
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O coração roubado, de Marcos Rey
Eu cursava o último ano do primário e como já estava com o diplominha garantido, meu pai me deu um presente muito cobiçado: O coração, famoso livro do escritor italiano Edmondo de Amicis, best-seller mundial do gênero infanto juvenil. Na página de abertura lá estava a dedicatória do velho, com sua inconfundível letra esparramada. Como todos os garotos da época, apaixonei-me por aquela obra-prima e tanto que a levava ao grupo escolar da Barra Funda para reler trechos no recreio.
Justamente no último dia de aula, o das despedidas, depois da festinha de formatura, voltei para a classe a fim de reunir meus cadernos e objetos escolares, antes do adeus. Mas onde estava O coração? Onde? Desaparecera. Tremendo choque. Algum colega na certa o furtara. Não teria coragem de parecer em casa sem ele. Ia informar à diretora quando, passando pelas carteiras, vi a lombada do livro, bem escondido sob uma pasta escolar. Mas... era lá que se sentava o Plínio, não era? Plínio, o primeiro da classe em aplicação e comportamento, o exemplo para todos nós. Inclusive o mais bem limpinho, o mais bem penteadinho, o mais tudo. Confesso, hesitei. Desmascarar um ídolo? Podia ser até que não acreditassem em mim. Muitos invejavam o Plínio. Peguei o exemplar e o guardei em minha pasta. Caladão. Sem revelar a ninguém o acontecido.
[...] Passados muitos anos, reconheci o retrato de Plínio num jornal. Advogado, fazia rápida carreira na Justiça. Recebia cumprimentos. Brrr. Magistrado de futuro o tal que furtara meu presente de fim de ano! [...]
Quando o desembargador Plínio já estava aposentado, mudei-me para meu endereço atual. Durante a mudança, alguns livros despencaram de uma estante improvisada. Um deles O coração, de Amicis. Saudades. Havia quantos anos não o abria? Quarenta anos ou mais? Lembrei da dedicatória do meu falecido pai. Ele tinha boa letra. Procurei a página de rosto. Não a encontrei. Teria a tinta se apagado? Na página seguinte havia uma dedicatória. Mas não reconheci a caligrafia paterna. “Ao meu querido filho Plínio, com todo o amor e carinho de seu pai.”
Neste último parágrafo o leitor descobre que:
(1.0 pontos)
A) Plínio era inocente, não tinha roubado o livro O Coração.
B) o narrador relembra experiências desagradáveis de sua infância.
C) o conteúdo desinteressante e inadequado para crianças.
D) não se deve confiar em colegas de escola.
E) o material escolar deve ser identificado e nunca deve ser emprestado a ninguém
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Resposta:
resposta letra A.
Plinio era inocente não tinha roubado o livro o Coração.
Explicação:
Espero ter ajudado
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