Alguns fungos e algumas bactérias são atualmente utilizados na síntese de substâncias biológicas humanas como, por exemplo, a hormona de crescimento, uma proteína formada por 191 aminoácidos. A produção destas substâncias ocorre em fungos e bactérias chamados recombinantes. Estes seres são resultado de técnicas de engenharia genética que, de forma simples, permitem que os seres utilizados recebam e acomodem no seu genoma o(s) respetivo(s) gene(s) humanos.
Explique como é possível que os fungos e as bactérias recombinantes sintetizem a hormona de crescimento
Soluções para a tarefa
Explicação:
Compreenda como as bactérias podem ajudar na fabricação de substâncias úteis ao ... DNA recombinante é possível fazer com que um organismo sintetize determinada ... O hormônio do crescimento, responsável pelo nosso crescimento, ..
Resposta:
Hospitais, postos de saúde e distribuidoras farmacêuticas deverão receber, no primeiro trimestre de 2002, os primeiros frascos de hormônio de crescimento humano produzido no Brasil. Atualmente, o produto é importado e acarreta o gasto de dezenas de milhões de dólares anuais ao país. Melhor, o hormônio produzido aqui terá um custo menor em cerca de 30% que o similar importado. Medicamento utilizado sobretudo para o tratamento de crianças com nanismo por deficiência hormonal, o hormônio de crescimento humano ou hGH, do inglês Human Growth Hormone, é o resultado das pesquisas da empresa Genosys Biotecnológica que recebe, desde 1997, financiamento do Programa de Inovação Tecnológica em Pequenas Empresas (PIPE) da FAPESP. Em outubro de 2000, a Genosys encontrou o parceiro adequado para a produção e comercialização do hGH, a empresa farmacêutica Braskap, também de capital nacional.
A deficiência de hormônio de crescimento atinge uma em cada 15 mil crianças e o único tratamento é a reposição hormonal. O diagnóstico da deficiência de produção de hGH deve ser feito de preferência entre os 3 e 5 anos de idade. O tratamento prossegue até que as cartilagens parem de crescer, o que acontece após os 16 anos. A criança usa 0,1 U.I. (unidade internacional) por kg de peso todo dia. Serão em torno de 12 anos de tratamento com um custo total de R$ 360 mil. A parceria da Genosys e da Braskap permitirá a redução desse valor para cerca de R$ 250 mil.
Num indivíduo normal, a liberação do hormônio na circulação sanguínea atinge seu pico durante o sono e no período da adolescência. Entre 20 e 25 anos, a produção do organismo começa a diminuir, ficando quase nula aos 60 anos. Esse hormônio de crescimento em si não tem atividade. Ele é liberado pela glândula pituitária (hipófise), localizada na base do cérebro. Pela corrente sanguínea chega ao fígado e nele induz à produção do IGF3 e do IGF1 (Insulin-like Growth Factor), substâncias que realmente promovem o crescimento.
O uso do hormônio de crescimento no tratamento de crianças teve início em meados dos anos 60, quando era retirado de glândulas pituitárias de cadáveres. Os Estados Unidos criaram até a Agência Nacional da Pituitária, para a coleta das glândulas. Na década de 70, surgiu a técnica do DNA recombinante que possibilitou a clonagem do gene codificador do hormônio em bactérias geneticamente modificadas. Ao mesmo tempo, descobriu-se que o uso do hormônio obtido de pituitárias de cadáveres estava associado ao mal de Creutzfeldt-Jacob. Essa doença corresponde à versão humana da doença da “vaca louca”, caracterizada por degeneração física e mental, o que levou à proibição mundial do uso do hormônio obtido diretamente da pituitária.
Produto acadêmico
A produção do hormônio pela Genosys baseia-se na técnica de DNA recombinante. A clonagem do gene codificador do hormônio foi realizada, em 1996, pelo professor Hamza Fahmi Ali El Dorry, do Departamento de Bioquímica do Instituto de Química da Universidade de São Paulo (USP). Naquele ano, ele fez um convite ao bioquímico Jaime Francisco Leyton, que havia sido seu doutorando e contava com pós-doutorado na Chicago Medical School, nos Estados Unidos. “Ele me convidou para empreendermos a produção do hormônio”, conta Leyton. “A Genosys foi criada diante do estímulo que o PIPE oferecia, pois queríamos continuar a desenvolver as pesquisas enquanto procurávamos parceiros e financiamento.”
Explicação:
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Através da técnica do DNA recombinante é possível fazer com que um organismo sintetize determinada proteína que ele não produzia, através da inserção de um gene de outro organismo produtor desta proteína. O conjunto de processos que permitem a manipulação dos genes de microrganismos é denominado engenharia genética.
As bactérias são frequentemente usadas na engenharia genética, possuindo assim grande potencial biotecnológico. O hormônio do crescimento, responsável pelo nosso crescimento, atualmente é produzido por bactérias geneticamente modificadas através da engenharia genética. Os custos nesse caso são muito menores do que a extração desse hormônio através do modelo clássico, onde se retirava o hormônio de cérebros de carneiros
espero ter ajudado