História, perguntado por karoline20183, 11 meses atrás

ALGUM ME AJUDA

1-(Unicamp 2013) Em janeiro de 1932, o aniversário de São Paulo foi comemorado com enorme comício na Praça da Sé. A multidão empunhava bandeiras do Estado, além de cartazes com palavras de ordem como “Tudo pelo Brasil! Tudo por São Paulo!”, “Abaixo a ditadura!”, ou ainda “Constituição é Ordem e Justiça!”.


a) Aponte dois aspectos que contribuíram para a tensão entre o governo Vargas e o Estado de São Paulo, em 1932.
b) Explique por que a Constituinte era uma reivindicação dos paulistas.

2-(Unesp 2012) “A questão social é um caso de polícia” – esta frase, atribuída a Washington Luís, presidente da República de 1926 até a sua deposição em 1930, é geralmente apontada como o sintoma de como as questões relativas ao trabalho (a “questão social”) eram descuidadas pelo Estado durante o período da chamada República Velha (1889-1930). E, de fato, a questão social era um caso de polícia.

(Kazumi Munakata. A legislação trabalhista no Brasil, 1981.)

Explique a frase final do texto, exemplificando-a, e indique a principal alteração que ocorreu no tratamento da questão social pelo Estado, após 1930.

3-(Unesp 2011) A década de 1930 no Brasil é normalmente associada ao varguismo. Além da liderança de Getúlio Vargas, o período também apresentou forte radicalização política. Como podemos associar tal fenômeno ao panorama internacional de então? Cite dois exemplos de agrupamentos políticos radicais atuantes no Brasil dos anos 30 e algumas de suas principais propostas.

Soluções para a tarefa

Respondido por jessicabelindaquispe
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Resposta:

1

a) O descontentamento dos paulistas com relação à destituição do governador do Estado de São Paulo e sua substituição por João Alberto Lins de Barros, vinculado ao movimento tenentista e nomeado interventor por Getúlio Vargas. Além disso, Vargas colocou fim à antiga política de valorização do café, estabelecendo novas relações com a oligarquia cafeeira, ressaltando a superioridade do papel do Estado nas diretrizes econômicas, e substituiu os comandos do Exército Paulista.

b) As camadas urbanas paulistas alegavam que o governo estabelecido por Vargas a partir de 1930 era incostitucional e autoritário, uma vez que suspendeu a Constituição de 1891 e não convocou, imediatamente, uma assembléia constituinte. O PRP, por sua vez, aliado ao PDP, utilizava deste argumento na tentativa de derrubar Getúlio Vargas e reestabelecer o poder das antigas oligarquias paulistas.

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Durante o período da República Velha (período republicano anterior à chegada de Vargas ao Poder em 1930), não tínhamos, no Brasil, qualquer legislação social/trabalhista significativa e prática. Com a aceleração de nosso processo de industrialização durante a 1ª Guerra Mundial (1914-1918), aumentou o número de operários e consequentemente os movimentos dos mesmos por melhores condições de trabalho, melhores salários e diminuição das jornadas. Sem uma legislação que os garantisse, esses movimentos foram duramente reprimidos pelas autoridades – como exemplo, podemos citar a violenta repressão aos

trabalhadores durante a greve de 1917, a maior mobilização de trabalhadores até então no Brasil (sem o reconhecimento dos direitos dos trabalhadores, suas manifestações são tratadas como distúrbios e reprimidas pela polícia – questão social como caso de polícia, como disse Washington Luís).

A partir de 1930, com a posse de Getúlio Vargas na presidência, uma vasta legislação trabalhista passou a ser produzida e implantada por meio do Ministério do Trabalho (criado logo após a revolução de 1930, em novembro daquele ano). Entre as medidas tomadas a partir

de então, temos: a regulamentação das jornadas de trabalho e do trabalho infantil e feminino e a extensão das Caixas de Aposentadorias e Pensões a diversas categorias profissionais. O Estado brasileiro passou a mediar os conflitos entre capital e trabalho, atuando para além da repressão policial às manifestações operárias.

3

A conjuntura internacional do período entre-guerras (1919-38) foi marcada pelo confronto entre as correntes do nazifascismo e dos regimes liberais consolidados e comunistas em ascensão. Essa radicalização resultou na Segunda Guerra Mundial.

No Brasil de Vargas, tal radicalização teve na articulação da Ação Integralista Brasileira e da Aliança Nacional

Libertadora suas principais expressões. Ambas alicerçadas em doutrinas europeias e com propostas de cunho nacionalista, divergiam, contudo, nos seguintes aspectos relevantes:

Os integralistas defendiam o Estado corporativo conservador e autoritário, antiesquerdista na linha de uma versão brasileira de partido fascista.

A ANL, como frente democrática com espaço para os comunistas, propugnava o governo popular legitimamente eleito, a reforma agrária e o anti-imperialismo.

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