Espanhol, perguntado por cllaudiacindy, 1 ano atrás

alguém traduz pra mim!!!​

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Respondido por Deah
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Descubra o "verdadeiro" Paraguai em passeios além da fronteira

O frenesi de compras em Ciudad del Este, os inúmeros sacoleiros subindo e descendo, as ruas cheias de vendedores ambulantes, as grandes malas repletas de artigos de marca (ou falsificados).

Cenas como estas, repetidas mil e uma vezes, estabeleceram a convicção de que o Paraguai é somente isso. Apenas uma vez, tente reservar três dias para uma viagem um pouco mais além da fronteira.

Lá é onde está o melhor do país: os rios caudalosos com quedas d'água vertiginosas, as reservas florestais de mata virgem, as ruínas monumetais das missões jesuíticas, e de Assunção, as lembranças abundantes sobre a Guerra da Tríplice Aliança, em que Brasil, Argentina e Uruguai lutaram contra o país (1864 - 1870).

O visitante que afinar os ouvidos se surpreenderá por um idioma diferente nas ruas, que não é o espanhol. Este pedaço de terra confinado no centro do continente americano conseguiu manter viva a língua guarani e estabelecê-la como símbolo nacional.

Era assim também no interior (do estado) de São Paulo até metade do século XVIII, quando o governo português proibiu a língua materna com a imposição somente do lusitano.

No Paraguai, o guarani é falado pelos dois fabricantes de chipas (espécie de pão de queijo e farinha de milho, delícia que custa R$ 0,80), no Iate Clube de Assunção, a capital paraguaia. Santiago González, político e criador de gado explica: "O guarani é o idioma das emoções, do afeto, da poesia, que usamos para falar de coisas pessoais. O espanhol é para assuntos públicos, para os negócios."

Assunção fica a duas horas de distância de avião desde São Paulo. Possui preços muito atraentes como consequência da ínfima carga tributária (não há imposto de renda no país), hotéis de luxo, centros comerciais, reataurantes gourmet e muitos 4x4. Nem parece o Paraguai.

O país permanece em último lugar no Índice de Desenvolvimento Humano da América do Sul, mas as exportações de soja impulsionaram o PIB, que cresceu a taxas chinesas: 15,3% em 2010. Já se podem ver alguns sinais externos de riqueza.

Em Assunção também está o Panteão dos Heróis da Guerra, o Palácio do Governo, contruído pelo presidente Francisco Solano López, a avenida Mariscal López, o Shopping Mariscal López - tudo evocando a "Grande Guerra" da América do Sul.

Segundo o historiador Carlos Guilherme Mota, "o Paraguai tinha 800.000 habitantes no começo da guerra. Aproximadamente 600.000 morreram, sobrando menos de 200.000, dos quais apenas 15.000 eram homens e, destes, cerca de dois terços possuíam menos de dez anos de idade."

Trauma nacional

O editor italiano Franco Maria Ricci, em seu livro Cándido López - imagens da Guerra do Paraguai (1984), sobre o pintor daqueles campos de batalha, se surpreendeu com o modo como os paraguaios defenderam seu país (até quase o último homem), sob o comando de Solano López. "Merecem, sem dúvida, as cores de um Plutarco e de um Tito Lívio: a periferia em que viveram, contudo, lhes valeu nosso absoluto esquecimento."

O esquecimento começa no Brasil. Humaitá, Tuiuti, Cerro Corá, Paisandu, Riachuelo, os nomes das batalhas se congelaram em placas de ruas e de praças. No Paraguai, os gentis anfitriões tentam lembrar aos brasileiros de todo aquele horror.

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cllaudiacindy: muito obg vc me ajudoi d+, obg❤
Respondido por Splatoon
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Descubra o "verdadeiro" Paraguai em passeios além da fronteira

O frenesi de compras em Ciudad del Este, os inúmeros sacoleiros subindo e descendo, as ruas cheias de vendedores ambulantes, as grandes malas repletas de artigos de marca (ou falsificados).

Cenas como estas, repetidas mil e uma vezes, estabeleceram a convicção de que o Paraguai é somente isso. Apenas uma vez, tente reservar três dias para uma viagem um pouco mais além da fronteira.

Lá é onde está o melhor do país: os rios caudalosos com quedas d'água vertiginosas, as reservas florestais de mata virgem, as ruínas monumetais das missões jesuíticas, e de Assunção, as lembranças abundantes sobre a Guerra da Tríplice Aliança, em que Brasil, Argentina e Uruguai lutaram contra o país (1864 - 1870).

O visitante que afinar os ouvidos se surpreenderá por um idioma diferente nas ruas, que não é o espanhol. Este pedaço de terra confinado no centro do continente americano conseguiu manter viva a língua guarani e estabelecê-la como símbolo nacional.

Era assim também no interior (do estado) de São Paulo até metade do século XVIII, quando o governo português proibiu a língua materna com a imposição somente do lusitano.

No Paraguai, o guarani é falado pelos dois fabricantes de chipas (espécie de pão de queijo e farinha de milho, delícia que custa R$ 0,80), no Iate Clube de Assunção, a capital paraguaia. Santiago González, político e criador de gado explica: "O guarani é o idioma das emoções, do afeto, da poesia, que usamos para falar de coisas pessoais. O espanhol é para assuntos públicos, para os negócios."

Assunção fica a duas horas de distância de avião desde São Paulo. Possui preços muito atraentes como consequência da ínfima carga tributária (não há imposto de renda no país), hotéis de luxo, centros comerciais, reataurantes gourmet e muitos 4x4. Nem parece o Paraguai.

O país permanece em último lugar no Índice de Desenvolvimento Humano da América do Sul, mas as exportações de soja impulsionaram o PIB, que cresceu a taxas chinesas: 15,3% em 2010. Já se podem ver alguns sinais externos de riqueza.

Em Assunção também está o Panteão dos Heróis da Guerra, o Palácio do Governo, contruído pelo presidente Francisco Solano López, a avenida Mariscal López, o Shopping Mariscal López - tudo evocando a "Grande Guerra" da América do Sul.

Segundo o historiador Carlos Guilherme Mota, "o Paraguai tinha 800.000 habitantes no começo da guerra. Aproximadamente 600.000 morreram, sobrando menos de 200.000, dos quais apenas 15.000 eram homens e, destes, cerca de dois terços possuíam menos de dez anos de idade."

Trauma nacional

O editor italiano Franco Maria Ricci, em seu livro Cándido López - imagens da Guerra do Paraguai (1984), sobre o pintor daqueles campos de batalha, se surpreendeu com o modo como os paraguaios defenderam seu país (até quase o último homem), sob o comando de Solano López. "Merecem, sem dúvida, as cores de um Plutarco e de um Tito Lívio: a periferia em que viveram, contudo, lhes valeu nosso absoluto esquecimento."

O esquecimento começa no Brasil. Humaitá, Tuiuti, Cerro Corá, Paisandu, Riachuelo, os nomes das batalhas se congelaram em placas de ruas e de praças. No Paraguai, os gentis anfitriões tentam lembrar aos brasileiros de todo aquele horror.

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