alguém tem um resumo do livro Robô Selvagem? (preciso pra amanhã)
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Resposta:
Peter Brown sempre foi fascinado por robôs e pela natureza, e depois de anos imaginado, escrevendo e desenhando, ele deu vida a Roz, uma robô que, ao abrir os olhos pela primeira vez, se vê sozinha numa ilha.
Ela não tem a menor ideia de como foi parar ali, mas foi programada para sobreviver. Depois de suportar uma tempestade intensa e escapar de ursos furiosos, ela se dá conta de que sua única esperança é se adaptar ao ambiente, e vai ter que aprender isso com os nada simpáticos animais que habitam a ilha.
Tudo parece melhorar quando Roz consegue, aos poucos, se aproximar dos bichos e criar um laço inquebrável com um filhote de ganso abandonado. Mas sua natureza é diferente, e o misterioso passado da robô, que a levou àquele ambiente selvagem, está prestes a retomar para assombrá-la.
Robô selvagem é uma história comovente e cheia de aventuras sobre o que acontece quando a natureza e a tecnologia colidem inesperadamente, como os humanos afetam o mundo ao nosso redor e o que significa estar vivo.
Robô Selvagem
Robôs podem ter sentimentos?
Antes de começarmos a falar sobre o livro, vamos pensar sobre um antigo dilema que sempre vem à tona ao falarmos de robôs: eles podem ter sentimentos? Ou somente possuem uma programação para agir semelhante aos humanos? Escritores como Isaac Asimov ou a própria literatura cyberpunk, costumam abordar questões ligadas à inteligência artificial mixadas com questionamentos humanos.
A ficção científica é constantemente relacionada com perguntas pessoais do ser humano, seja até onde podemos avançar tecnologicamente ou mesmo até que ponto conseguimos exercer a empatia pela nossa espécie e pelas outras existentes.
Asimov é considerado “o pai dos robôs”, por ter nascido em 1920 e ter tido um pensamento à frente de sua época, chegando até mesmo a “prever” ganhos tecnológicos. O escritor foi um dos primeiros e mais relevantes autores a falar sobre robótica, chegando ao ponto de formular as três leis da robótica, que são responsáveis por estabelecer um convívio pacífico entre humanos e robôs.
1ª Lei: Um robô não pode ferir um ser humano ou, por ócio, permitir que um ser humano sofra algum mal.
2ª Lei: Um robô deve obedecer às ordens que lhe sejam dadas por seres humanos, excetos nos casos em que tais ordens contrariem a Primeira Lei.
3ª Lei: Um robô deve proteger sua própria existência, desde que tal proteção não entre em conflito com a Primeira e Segunda Leis.
É importante falarmos de Isaac Asimov, pois a maioria de livros, filmes e jogos que envolvam a temática robótica, possuem uma carga de forte influência do pai dos robôs. E no livro Robô Selvagem, não é diferente, Peter Brown se inspirou na fonte asimoviana.
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Robô Selvagem
Roz é uma robô que não estamos acostumadas a encontrar na cultura pop. Frequentemente as obras de ficção científica nos apresentam robôs, androides e ciborgues femininas que são fabricadas e desenhadas para o gênero masculino, como a Pris de Blade Runner ou Eva, de Ex Machina. O gênero feminino quando é representado nessas obras, consegue focar (na maioria das vezes) no prazer masculino. Ou seja, seres robóticos que possuem características femininas, mas que são modelados para agradar aos homens.
[Contém pequenos spoilers que não estragam o prazer da leitura]
Em Robô Selvagem encontramos o oposto desta representação sexualizada. Roz foi fabricada para ajudar. Seguindo as Leis de Asimov, em sua programação Roz não pode ferir nenhum ser vivo ou computadorizado. Logo que acorda na ilha, sem humanos ou robôs, somente com animais, Roz tenta estabelecer uma relação de diálogo com os outros seres.
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Inicialmente, sua tentativa é infrutífera. Os animais nunca haviam visto nada parecido como a robô e começam a chama-la e tratá-la como “monstro”. A não aceitação que Roz convive, a leva a buscar outros meios de se inserir na ilha e buscar uma convivência pacífica com os animais. (o que não é muito diferente de situações encontradas na vida real, onde pessoas ou um grupo de pessoas são discriminadas e marginalizadas, sendo assim excluídas ou invisibilizadas daquele convívio social).
Após se isolar e observar o que cada animal fazia ou dizia, Roz desenvolve a habilidade de poder se comunicar na linguagem dos pássaros, ursos ou raposas, aprende a conversar com cada habitante da ilha. Ao perceberem que a robô consegue se comunicar, os animais começam a enxergá-la com um olhar diferente, e alguns param de tratá-la como um