Português, perguntado por liviasousa12, 1 ano atrás

alguém tem redação sobre racismo?

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Respondido por Camillejs
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Alemanha, 1933, sobe ao poder Adolf Hitler disseminando assim seu conceito de eugenia, exaltando aos arianos, aqueles de “raça pura”, subjugando às demais raças, sobretudo à judaica; África do Sul, 1948, inaugura-se o Apartheid, política que segregava pretos e brancos, privilegiando aos caucasianos, execrando aos negros; Brasil, início do século XX, o quadro “A Redenção de Caim” revelava a realidade: o país adotava uma política de “embranquecimento” da população, tendo isso como um sinônimo do processo de desenvolvimento.
Os exemplos supracitados não condizem à um centésimo dos casos que implicam questões raciais. No Brasil, segundo Gilberto Freyre, impera a democracia racial, porém é uma democracia para quem? Embora altamente miscigenado, dentro de sua fronteira o país abriga diariamente casos não apenas de injúria racial como de racismo; em seu idioma oficial, termos como “denegrir”, “mulata” e muitos outros, refletem como a estrutura da sociedade brasileira se erigiu, calcada em estereótipos étnicos.
Nas ruas do Brasil, morre-se mais que a Faixa de Gaza, mas é necessário ressaltar que o número de jovens negros que têm suas vidas ceifadas pela violência é muitíssimo superior que o de jovens brancos. Porém, porque esse desnível ainda é recorrente, seja em relação à segurança ou ao índice de escolaridade?
A História aponta que os fatos não ocorrem de forma isolada, e, portanto, os feitos possuem suas consequências, sejam elas momentâneas ou não, logo, o passado escravocrata do país associado às pouquíssimas políticas de reparação dos grupos socialmente excluídos e a inépcia a respeito da cultura afro-brasileira são as principais razões pelas quais o racismo perdura na sociedade brasileira em pleno século XXI.
Por isso cabe ao governo ampliar suas políticas de inclusão e reparação além da promoção de eventos relacionados à cultura africana, o que permitiria a quebra de certos estereótipos e a sua valorização, e maior suporte aos movimentos como o MNU; e às escolas e universidades cabe a realização de projetos extraclasses a fim de ampliar o conhecimento de seus alunos acerca da naturalidade da diversidade étnica-cultural, afinal, como disse Criolo, “conhecimento é luz”.
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