Alguém saberia fazer.um breve resumo do poema Visões de Gonçalves Dias.
Naquele instante em que vacila a mente
Do sono ao despertar, quando pejada
Vem doutros mundos de visões etéreas;
Quando sobre a manhã surge brilhante
A luz da madrugada, - eu vi!... nem sonhos
Era a minha visão, real não era;
Mas tinha d'ambos o talvez. - Quem sabe?
Foi capricho falaz da fantasia,
Ou foi certo aventar d'eras venturas?
A ira do Senhor baixou tremenda
Sobre uma vasta capital! - em pedra
Tornou-se a gente impura. Muitos homens
Às portas férreas, largas, vi sentados.
Melhor do que um pintor ou estatuário
A morte, que de súbito os colhera
No ardor, no afã da vida, conservou-lhes
A ação - partida em meio, com tal força,
Que a mente seu malgrado a completava.
Um tinha os lábios entreabertos; outro
Parecia sorrir; mais longe aquele
Derramava um segredo, baixo, a medo,
Nos ouvidos do amigo; austero o guarda
Com rosto carregado e barba hirsuta,
Nas mãos calosas sopesava a lança.
Dos mercadores na comprida rua
Passavam muitos compradores; - este
Contava montes d'oiro; - à luz aquele
Expunha a seda do Indostão, de Tiro
A púrpura brilhante, a damasquina
Custosa tela entretecida d'oiro.
Cortês sorrindo, o mercador gabava
As cores vivas, o tecido, o corpo
Do estofo que vendia. Nos serralhos
Era o Eunuco imperfeito; das Mesquitas
Bradava à prece o Muezim...
- Num largo,
Fofo e vasto divã sentado, um velho
Os versos lia do Alcorão; - só ele
Dentre tanto punir ficara ileso.
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Gonçalves Dias marcou a literatura nacional com suas obras de caráter indianista. O escritor pertence à primeira fase do Romantismo brasileiro, fase marcada pela idealização dos indígenas e exaltação das paisagens nacionais. Entre as suas principais obras, estão “Canção do Exílio”, “Os Timbiras”, “I-Juca Pirama”. Alguns versos de “Canção do Exílio”, inclusive, estão no hino nacional.
Com ideais nacionalistas, o escritor buscava colocar mais características do Brasil nas suas obras. Pela sua atuação na literatura, Dias foi homenageado por Olavo Bilac, que o colocou como patrono da cadeira nº 15 da Academia Brasileira de Letras.
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