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Entre os anos de 1968 e 1973, o Brasil viveu um expressivo crescimento econômico que contribuiu para o fortalecimento do regime militar. Chamado de "milagre econômico", esse crescimento esteve relacionado a políticas econômicas do Governo Castelo Branco e suas repercussões nos anos seguintes.
O PAEG e a reorganização da economia brasileira
Durante o governo de Castelo Branco foi implementado o Programa de Ação Econômica do Governo (PAEG) com o objetivo de corrigir graves erros da economia brasileira, tais como a desordem tributária e fiscal e as brechas no sistema financeiro. Dessa forma, a PAEG implementou um rigoroso ajuste das contas públicas que contribuiu para a queda da inflação e para o superávit do governo a partir do corte de gastos (presente no Ato institucional nº 1) e uma abrangente reforma tributária que racionalizou a cobrança de impostos e elevou a arrecadação pública. Essas medidas resultaram na elevação da carga tributária, por um lado, mas também levaram a redução do déficit fiscal brasileiro que, ao final do Governo Castelo Branco era cerca de 4 vezes menor.
Outro fator determinante para o milagre econômico foi a reforma no sistema financeiro, com a centralização das operações financeiras a partir da criação do Banco Central, em 1964. Essa mudança levou a reorganização do sistema financeiro e ampliou o financiamento dos déficits públicos a partir de títulos governamentais. Além disso, criou o Sistema Financeiro de Habitação (SFH) formado por diversas instituições financeiras a fim de oferecer crédito imobiliário, e o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), poupança obrigatória que fornecia grande parte dos recursos emprestados pelo SFH. Essas medidas favoreceram o crescimento da construção civil e a geração empregos. A criação de sociedades de crédito ao consumidor direto também foi incentivada a partir do PAEG e, como as demais medidas, fazem parte do incentivo a criação de um mercado de capitais no país que surtiu resultados positivos por determinado tempo.
Dados estatísticos
A ampliação do crédito ao setor privado em cerca de 343% entre o Governo Castelo Branco e o de seus sucessores, Costa e Silva e Médici, resultou em expansão real da moeda e crescimento do setor privado. Outro fator de estímulo foi a criação do Programa Befiex, em 1972, que permitiu às empresas exportadoras uma série de incentivos a atividade de exportação/importação. Em conjunto ao contexto econômico externo de grande disponibilidade de crédito e baixos juros (2,2% ao ano), essas medidas ampliaram as exportações e importações impulsionando um processo de crescimento econômico notável.
A economia brasileira cresceu cerca de 11,1% durante o período do milagre econômico. No início do período, o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro estava em 9,8% ao ano, chegando a 14% em 1973. Nesse mesmo período a inflação teve queda de 25,5% para 15,6%. Além disso, houve a entrada de capital estrangeiro através de empréstimos e de investimentos diretos no país e o aumento das exportações, decorrente de um contexto de expansão da economia internacional que acabou favorecendo o crescimento econômico sentido durante esse período. Outro fator relevante foi a virada na balança de pagamentos que foi deficitária (negativa) entre 1964 e 1967, em US$ 13,8 milhões, e passou a ser superavitária (positiva) em US$ 1,1 bilhão entre 1968 e 1973.
Esses bons índices favoreceram o governo dos militares diante da população e contribuíram para a legitimação da ditadura, mesmo diante da forte concentração de renda resultante de tais medidas. Não é por acaso que neste mesmo período o regime viveu seus anos de maior endurecimento político e ideológico, sendo provas disso a edição do AI-5 e da imposição da Constituição de 1967.
A palavra história tem sua origem nas investigações de Heródoto; em grego antigo, o termo "História" é Ἱστορίαι (Historíai). Todavia, será Tucídides o primeiro a aplicar métodos críticos, como o cruzamento de dados e uso de diversas fontes diferentes. O estudo histórico começa quando o ser humano encontra os elementos de sua existência nas realizações dos seus antepassados. Esse estudo, do ponto de vista europeu, divide-se em dois grandes períodos: Pré-História e História.
Os historiadores usam várias fontes de informação para construir a sucessão de processos históricos, como, por exemplo, escritos, gravações, entrevistas (História oral) e achados arqueológicos. Algumas abordagens são mais frequentes em certos períodos do que em outros e o estudo da História também acaba apresentando costumes e modismos (o historiador procura, no presente, respostas sobre o passado, ou seja, é influenciado pelo presente).
Os eventos anteriores aos registos escritos pertencem à Pré-História. As sociedades sem escrita, mas sobre as quais há registos escritos por povos que já conheciam a escrita e que coexistiam com elas, são descritas pela Proto-História (é o caso, por exemplo, dos povos celtas da cultura de La Tène).