alguém poderia resumir esse texto em 12 linhas?
Há um conto-do-vigárío em curso no Brasil. O espertalhão entra em cena, denuncia a falência do tesouro, louva as virtudes do mercado a propõe o desmanche do Estado. Desfalques escabrosos fazem-no convincente. Seu lema é "tudo que o governo toca vira pó". Debaixo dessa aparente verdade transita uma confusão na qual se misturam dois conceitos, o da atividade estatal; e o de serviço público.
O estatal e o público são coisas diversas. O Banerj é um banco estatal e o Hospital das Clínicas é um hospital público. Por mais doidos que haja no Rio de Janeiro, nunca um carioca entrou numa agência do Banerj e pediu 10 milhões para pagar o colégio do filho. Isso porque, mesmo sendo estatais, os bancos oficiais funcionam como empresas privadas. Por mais doidos que haja em São Paulo, ninguém deixa de ir ao Hospital das Clínicas porque está sem dinheiro. Serviço público, o hospital, existe para o cidadão.
Confundir uma conveniente redução da atividade econômica do Estado com atrofia dos serviços públicos é uma vigarice. Muitas vezes ela vem disfarçada no discurso da competência: tudo o que é privado funciona e tudo o que é público enguiça. Trata-se de uma generalização falaciosa. As universidades públicas são as melhores do país e as bibocas médicas dos bairros pobres são piores que os hospitais públicos. Nove entre dez brasileiros jamais tiveram relações com a face generosa do Estado. Aquela que tem BNDS, juros subsidiados, anistias fiscais e jantares em homenagem ao ministro da Fazenda. Essa fauna enriquece à custa do Banco e, agora que ele faliu, proclama a inutilidade do papel do Estado.
Para o brasileiro que carrega marmita, os serviços públicos são ineficientes, porém, indispensáveis. A prosopopeia do desmanche do Estado oferece o fechamento de empresas estatais que fizeram milionários no andar de cima junto com cortes nos serviços onde vivem os contribuintes do andar de baixo. Como é mais fácil fechar um hospital no subúrbio cortando-lhe as verbas do que um banco oficial acabando com seus empréstimos, alguns serviços de saúde pública já suspenderam as consultas, mas as caixas de financiamento continuam abertas.
minrejaile3:
urgente!!
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Há um conto-do-vigárío em curso no Brasil. O espertalhão entra em cena, denuncia a falência do tesouro, louva as virtudes do mercado a propõe o desmanche do Estado. Desfalques escabrosos fazem-no convincente. Seu lema é "tudo que o governo toca vira pó". Debaixo dessa aparente verdade transita uma confusão na qual se misturam dois conceitos, o da atividade estatal; e o de serviço público.
O estatal e o público são coisas diversas. O Banerj é um banco estatal e o Hospital das Clínicas é um hospit.
Espero ter ajudado!
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