Alguém pode me mandar um resumo grande do livro o sertão vai virar mar
Soluções para a tarefa
A cidade de Sertãozinho, embora pequena, já apresentava algumas comodidades como algumas indústrias e um shopping. A história tem início em uma escola particular da classe média. Nela as personagens principais Gui, que é o narrador (personagem), Martinha, Queco, Gê, Cíntia e Zé, colegas da escola, recebem a tarefa de fazer um debate sobre “Os Sertões”. Esse debate foi motivado pela importância da obra, pelo fato de “Sertãozinho” estar próxima à antiga Canudos e, sobretudo, porque surgiu na cidade um pregador chamado Jesuíno, que estava reunindo, principalmente a população pobre, a sua volta no bairro chamado Buraco.É como se a história de Canudos estivesse se repetindo.
Esse retorno trazia enormes preocupações para todos de “Sertãozinho”, já que o fim de Canudos foi trágico. O debate sobre “Os Sertões” seria feito através de um júri, que é uma técnica de ensino que consiste em se escolher um tema que é debatido por alunos divididos em equipes. Os alunos apresentariam os pontos de vista sobre o tema. Para Gui, a escolha da obra para o debate é a opção de por em questão a Guerra de Canudos. Desta forma, os alunos teriam que ler “Os Sertões” para poder preparar o debate.
Em meio às agitações que ocorriam em “Sertãozinho”, promovidas pelo Jesuíno Pregador, no bairro pobre do Buraco, os colegas se reúnem para fazer o seu trabalho. Em razão das dificuldades das palavras, o grupo, a princípio, não avança muito. Entretanto, a entrada de um aluno recém chegado à escola no grupo de Gui, Zé, muda essa situação. É um garoto solitário, fechado, que, por isso, provoca a curiosidade dos colegas. Gui descobre através do professor de história que organizava o debate, Armando, que Zé é um garoto pobre que mora no Buraco. Estuda no colégio de classe média graças a uma bolsa, que conseguira em virtude de seu esforço e boas notas.
A situação se agrava em “Sertãozinho”, pois Jesuíno, cada vez mais, atrai pessoas para o bairro do Buraco. O local crescia diariamente com pessoas vindas até de outras cidades. Os representantes de “Sertãozinho” vêem com muita preocupação e desconfiança tudo aquilo, toda aquela gente seguindo, um homem que consideram santo. Um conflito se armava, semelhante ao que havia acontecido no tempo de Antônio Conselheiro.
Após um saque a algumas lojas do comércio de “Sertãozinho”, os empresários locais exigem medidas das autoridades. O mais pressionado a tomar uma atitude é o Delegado, pai de Gui. Narrado como homem sério e tolerante, tenta evitar a tomada de medidas muito duras, que não resolveriam o problema, mas o tornaria pior. Porém, percebe que é preciso adotar alguma medida, antes que a situação fuja ao controle.
As leituras de “Os Sertões”, com a ajuda Zé, iam bem até que ele desaparece depois de ver uma reportagem sobre uma grande passeata organizada pelo Jesuíno Pregador. Gui descobre que o problema de Zé era mais profundo. Não se resumia ao fato de Zé ser do Buraco, centro das pregações de Jesuíno. Zé era filho de Jesuíno e este tinha ido para “Sertãozinho” a procura do filho. A razão de Jesuíno tornar-se um beato, foi após um colapso em conseqüência da perda de sua pequena propriedade, destruída para a construção de uma represa.
Gui e alguns amigos vão ao Buraco, na tentativa de encontrar Zé. Esperava-se, a qualquer momento, o estouro de uma revolta. A ação ponderada do Delegado evitou o pior, embora quase tenha perdido o controle da situação. Zé se reconciliou com o pai que foi enviado para tratamento. O debate foi um tremendo sucesso, chegando à conclusão de que a tragédia de Canudos poderia ter sido evitada ou, pelo menos, ter tido menores conseqüências, se houvesse discussões sobre o problema.
Resposta:
[Moacir Scliar]
A narrativa tem início em uma cidade do sertão baiano chamada "Sertãozinho de Baixo". Ela ficaria, já que é fictícia, próxima à antiga vila de Canudos, local onde acontecera a Guerra de Canudos, há pouco mais de cem anos. Mas, os moradores de "Sertãozinho" não desejam relembrar tais eventos, pois traziam na memória as desgraças pelas quais passou a região e sua população.
A cidade de Sertãozinho, embora ainda de tamanho modesto, já apresentava algumas comodidades que desenvolvimento econômico traz, lá havia algumas indústrias e um shopping, por exemplo. Elementos bastante diferentes do que a memória da Guerra e do que se imagina quando se ouve a palavra Sertão, que é dor, tristeza, fome e miséria. Na verdade, os eventos narrados na imaginária cidade de "Sertãozinho" são um meio didático de se interpretar as razões, os acontecimentos e as consequências da Guerra de Canudos. Em razão disso, entre outros aspectos, a história tem início em uma típica escola privada da classe média.
Nela as personagens centrais Gui, que é o narrador, Martinha, Queco, Gê, Cíntia e Zé, colegas da escola, receberam a tarefa de fazer um debate sobre "Os Sertões". Esse debate fora motivado pela importância da obra, pelo fato de "Sertãozinho" estar próxima à antiga Canudos e, sobretudo, porque surgira na cidade um pregador chamado Jesuíno, que estava reunindo, principalmente a população pobre, a sua volta. É como se a história de Canudos de alguma forma retornasse. Esse retorno trazia enormes preocupações para todos de "Sertãozinho", já que o fim de Canudos fora trágico. O debate sobre "Os Sertões" seria feito através de um "júri simulado", que é uma técnica pedagógica que consiste em se escolher um tema que é debatido por alunos divididos em equipes. Os alunos apresentariam os pontos de vista sobre o tema.
Explicação:
A intenção do "júri simulado" é fazer com que os alunos desenvolvam a sua capacidade de argumentação. No caso dos colegas de "Sertãozinho", a escolha da obra para o debate é a opção de por em questão a Guerra de Canudos. Como fatos semelhantes, que antecederam a Guerra, estavam acontecendo em "Sertãozinho", portanto, realizar o debate era entender o passado para compreender o que acontecia no presente.