alguém pode me dar um resumo do livro, AUTO DA COMPADECIDA de ariano suassuna??
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Chicó é visto como uma pessoa sem confiança porque mente, inventa histórias nas quais é difícil de acreditar. É lógico que se tem de associar o contar história de Chicó com o costume popular nordestino.
Ariano Suassuna incorpora muito bem essa cultura no seu texto. Assim, Chicó é inventivo, mentiroso, gosta de falar contando vantagens. Já o major identifica uma característica social típica do Nordeste porque o titulo de major ou coronel é uma forma popular utilizada lá para fazer referência, mostrar-se subordinado a alguém poderoso.
Entre as diversas partes cômicas do texto, há, ao final do texto, uma em que Chicó, João Grilo e o padre João discutem a legitimidade de benzer um cachorro. Sabe-se que entre eles, o que possui a voz credenciada no presente debate é o padre, já que, como sacerdote, cabe-lhe por ofício intermediar as relações entre os homens, suas criaturas e Deus. Levando-se em conta as opiniões que circulam durante a discussão, a do padre é contrária a benzer o cachorro, baseando-se na estranheza do fato. Chicó e João Grilo são favoráveis a benzer o cachorro e argumentam justamente o contrário do padre, isto é, a afirmação de que não é estranho benzer motor. Na conversa, João Grilo apela para uma relação de equivalência como argumento para persuadir o padre a benzer o cachorro. O padre apela para o contra-argumento de que não há equivalência entre motor e cachorro. Pode-se dizer que, insidiosamente, João Grilo antecipa o argumento autoridade que vai ser usado posteriormente para desmascarar a segurança do padre ao dialogar com ele. Esse argumento consiste na alusão à autoridade do major Antônio de Morais, que, logo a seguir, será anunciado como dono também do cachorro. Até determinado momento, todas as pistas do debate indiciam um padre que dá mostras de estar emitindo opiniões baseadas em sua convicção, o que nos leva a depreender sua autonomia em relação às suas idéias.
Numa outra intervenção, João Grilo apela de maneira explícita para um argumento de autoridade: a autoridade do major Antônio Morais. O padre, diante do argumento de João Grilo, reage com embaraço e pede que João Grilo confirme o que acabou de dizer, fazendo duas perguntas seguidas para comprovar o que acabou de ouvir.
Ao proceder assim, de maneira evidente, o padre nega a sua autonomia, na medida em que passou apreocupar-se com o fato de o cachorro pertencer ao major Antônio Morais.
Na penúltima fala de João Grilo, ele revela que não queria mas veio por pura submissão ao major, pois sabia que o padre ia zangar- se. O padre, na verdade, desfez-se em sorrisos e, mais uma vez, afirma sua total submissão ao major, sobretudo quando nega sua opinião ao dizer:
Em sua estrutura fundamental, o texto opera com dois conceitos opostos: autonomia x submissão. Sem dúvida a submissão, que é apresentada no texto como uma opção sem fundamento racional é contrária do debate estabelecido entre os personagens, é avaliada como pólo negativo.
Confrontando essa passagem do crítico com a passagem citada, podemos afirmar que os padres que se conduzem por uma fé verdadeira não procederiam com procedeu o padre naquela passagem.
Ariano Suassuna incorpora muito bem essa cultura no seu texto. Assim, Chicó é inventivo, mentiroso, gosta de falar contando vantagens. Já o major identifica uma característica social típica do Nordeste porque o titulo de major ou coronel é uma forma popular utilizada lá para fazer referência, mostrar-se subordinado a alguém poderoso.
Entre as diversas partes cômicas do texto, há, ao final do texto, uma em que Chicó, João Grilo e o padre João discutem a legitimidade de benzer um cachorro. Sabe-se que entre eles, o que possui a voz credenciada no presente debate é o padre, já que, como sacerdote, cabe-lhe por ofício intermediar as relações entre os homens, suas criaturas e Deus. Levando-se em conta as opiniões que circulam durante a discussão, a do padre é contrária a benzer o cachorro, baseando-se na estranheza do fato. Chicó e João Grilo são favoráveis a benzer o cachorro e argumentam justamente o contrário do padre, isto é, a afirmação de que não é estranho benzer motor. Na conversa, João Grilo apela para uma relação de equivalência como argumento para persuadir o padre a benzer o cachorro. O padre apela para o contra-argumento de que não há equivalência entre motor e cachorro. Pode-se dizer que, insidiosamente, João Grilo antecipa o argumento autoridade que vai ser usado posteriormente para desmascarar a segurança do padre ao dialogar com ele. Esse argumento consiste na alusão à autoridade do major Antônio de Morais, que, logo a seguir, será anunciado como dono também do cachorro. Até determinado momento, todas as pistas do debate indiciam um padre que dá mostras de estar emitindo opiniões baseadas em sua convicção, o que nos leva a depreender sua autonomia em relação às suas idéias.
Numa outra intervenção, João Grilo apela de maneira explícita para um argumento de autoridade: a autoridade do major Antônio Morais. O padre, diante do argumento de João Grilo, reage com embaraço e pede que João Grilo confirme o que acabou de dizer, fazendo duas perguntas seguidas para comprovar o que acabou de ouvir.
Ao proceder assim, de maneira evidente, o padre nega a sua autonomia, na medida em que passou apreocupar-se com o fato de o cachorro pertencer ao major Antônio Morais.
Na penúltima fala de João Grilo, ele revela que não queria mas veio por pura submissão ao major, pois sabia que o padre ia zangar- se. O padre, na verdade, desfez-se em sorrisos e, mais uma vez, afirma sua total submissão ao major, sobretudo quando nega sua opinião ao dizer:
Em sua estrutura fundamental, o texto opera com dois conceitos opostos: autonomia x submissão. Sem dúvida a submissão, que é apresentada no texto como uma opção sem fundamento racional é contrária do debate estabelecido entre os personagens, é avaliada como pólo negativo.
Confrontando essa passagem do crítico com a passagem citada, podemos afirmar que os padres que se conduzem por uma fé verdadeira não procederiam com procedeu o padre naquela passagem.
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http://educaçao.globo.com/literatura/assunto/resumos-de-livros/auto-da-compadecida.html <-- link do resumo
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