Alguém pode fazer uma resenha crítica do filme "Assassinato no expresso oriente" é urgente!!! Agradeço desde já, bjs
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que começa como um luxuoso passeio de trem pela Europa, rapidamente se desdobra em um mistério. Do romance da autora mais vendida do mundo, Agatha Christie, “Assassinato no Expresso do Oriente” conta a história de treze estranhos presos em um trem, onde todos são suspeitos. Um homem deve correr contra o tempo para resolver o quebra-cabeça antes que o assassino ataque novamente.
Não é todo dia que vemos lançar uma nova adaptação de um romance de Agatha Christie, ainda mais com um elenco tão renomado. Por isso, Assassinato no Expresso do Oriente é definitivamente digno da atenção que recebe. O longa busca transcrever o tom da literatura para o cinema (algo que explicarei melhor mais à frente) e, embora talvez não seja tão surpreendente quando se esperava, faz um bom trabalho ao reproduzir uma história repleta de detalhes e flashbacks.
No início, é introduzido Hercules Poirot, famoso por protagonizar muitos livros de Christie. Apesar dele não ser uma novidade nos filmes, tendo sido interpretado por múltiplos atores no passado, inclusive na versão de 1974 do próprio Assassinato no Expresso Oriente (posteriormente, na versão de TV de 2001 também), é sua primeira aparição depois de muito tempo fora das telonas, agora encarnado por Kenneth Branagh (que também vem a ser o diretor), que não decepciona. O primeiro ato apresenta o famoso detetive à nova geração, para que depois esteja preparada para vê-lo enfrentar o principal mistério da trama.
E então ele chega ao trem… e começa o contato com um elenco de tirar o fôlego! Além de Branagh, temos Judi Dench, Penélope Cruz, Johnny Depp, Willem Dafoe. Michelle Pfeiffer rouba a cena… mas acho que não se esperava menos, não? Há ainda Daisy Ridley, que tem feito sucesso após interpretar a heroína Rey em Star Wars: O Despertar da Força. Obviamente, não há o que criticar na atuação, embora alguns tenham sido prejudicados pela falta de espaço em meio a um enredo tão detalhado. Os mais afetados por isso são Sergei Polunin e Lucy Boynton, que não conseguem passar uma imagem melhor que a de um casal caricato.
Algo que chama a atenção é a riqueza em detalhes, visto que as pistas encontradas por Poirot são muitas, e envolvem frequentemente elementos vistos pelo personagem central ou que coincidem em relatos dos suspeitos. Durante essas investigações, a fotografia e a edição também se destacam, controlando o que o espectador deve ou não deve ver na hora certa, não mostrando o corpo da vítima de imediato, e depois fazendo-o em uma câmera superior, onde podemos ver toda a cena do crime. Toma-se o cuidado também de reproduzir, em grande parte do tempo, somente o que é visto e escutado por Poirot (há exceções), ainda que não haja nenhum corte em primeira pessoa. Podemos não ver através dos olhos do investigador, mas nos sentimos no mesmo ambiente que ele, seja em uma paisagem aberta ou no espaço confinado de um vagão de trem.
Percebe-se ainda que a linguagem usada nos diálogos é literária. As falas trocadas pouco se parecem com o que se vê nos filmes atuais, e usam de muitas reflexões, expressões formais e abstrações comuns na literatura, inclusive na época da autora. Assim, o longa tenta adaptar não só a história, mas também a linguagem dos livros para o audiovisual.
Porém, há ainda um defeito problemático: a adaptação do roteiro não foi feita de maneira muito concisa, e o ritmo vai, aos poucos, se acelerando demais para o espectador conseguir acompanhar, fazendo com que não consiga absorver parte da história. Em meio a essa confusão que pode ser causada na mente de quem estiver assistindo, o impacto das revelações acaba não sendo tão grande. Na verdade, a sequência acelerada dos acontecimentos acaba impedindo de compreender como o detetive teria chegado a cada uma das conclusões lógicas que lhe permitem desvendar o caso. Ainda assim, se sustenta bastante devido à estética das cenas, como a trilha sonora, a qual é muito bem composta e selecionada, criando a profundidade emocional que falta na narrativa.
Este novo Assassinato no Expresso Oriente certamente não é a melhor obra já feita com base no best-seller de Agatha Christie, mas ainda entrega um bom resultado, ótimo para despertar interesse de leitores que ainda não folhearam nenhuma página da escritora mais vendida do mundo.
Não é todo dia que vemos lançar uma nova adaptação de um romance de Agatha Christie, ainda mais com um elenco tão renomado. Por isso, Assassinato no Expresso do Oriente é definitivamente digno da atenção que recebe. O longa busca transcrever o tom da literatura para o cinema (algo que explicarei melhor mais à frente) e, embora talvez não seja tão surpreendente quando se esperava, faz um bom trabalho ao reproduzir uma história repleta de detalhes e flashbacks.
No início, é introduzido Hercules Poirot, famoso por protagonizar muitos livros de Christie. Apesar dele não ser uma novidade nos filmes, tendo sido interpretado por múltiplos atores no passado, inclusive na versão de 1974 do próprio Assassinato no Expresso Oriente (posteriormente, na versão de TV de 2001 também), é sua primeira aparição depois de muito tempo fora das telonas, agora encarnado por Kenneth Branagh (que também vem a ser o diretor), que não decepciona. O primeiro ato apresenta o famoso detetive à nova geração, para que depois esteja preparada para vê-lo enfrentar o principal mistério da trama.
E então ele chega ao trem… e começa o contato com um elenco de tirar o fôlego! Além de Branagh, temos Judi Dench, Penélope Cruz, Johnny Depp, Willem Dafoe. Michelle Pfeiffer rouba a cena… mas acho que não se esperava menos, não? Há ainda Daisy Ridley, que tem feito sucesso após interpretar a heroína Rey em Star Wars: O Despertar da Força. Obviamente, não há o que criticar na atuação, embora alguns tenham sido prejudicados pela falta de espaço em meio a um enredo tão detalhado. Os mais afetados por isso são Sergei Polunin e Lucy Boynton, que não conseguem passar uma imagem melhor que a de um casal caricato.
Algo que chama a atenção é a riqueza em detalhes, visto que as pistas encontradas por Poirot são muitas, e envolvem frequentemente elementos vistos pelo personagem central ou que coincidem em relatos dos suspeitos. Durante essas investigações, a fotografia e a edição também se destacam, controlando o que o espectador deve ou não deve ver na hora certa, não mostrando o corpo da vítima de imediato, e depois fazendo-o em uma câmera superior, onde podemos ver toda a cena do crime. Toma-se o cuidado também de reproduzir, em grande parte do tempo, somente o que é visto e escutado por Poirot (há exceções), ainda que não haja nenhum corte em primeira pessoa. Podemos não ver através dos olhos do investigador, mas nos sentimos no mesmo ambiente que ele, seja em uma paisagem aberta ou no espaço confinado de um vagão de trem.
Percebe-se ainda que a linguagem usada nos diálogos é literária. As falas trocadas pouco se parecem com o que se vê nos filmes atuais, e usam de muitas reflexões, expressões formais e abstrações comuns na literatura, inclusive na época da autora. Assim, o longa tenta adaptar não só a história, mas também a linguagem dos livros para o audiovisual.
Porém, há ainda um defeito problemático: a adaptação do roteiro não foi feita de maneira muito concisa, e o ritmo vai, aos poucos, se acelerando demais para o espectador conseguir acompanhar, fazendo com que não consiga absorver parte da história. Em meio a essa confusão que pode ser causada na mente de quem estiver assistindo, o impacto das revelações acaba não sendo tão grande. Na verdade, a sequência acelerada dos acontecimentos acaba impedindo de compreender como o detetive teria chegado a cada uma das conclusões lógicas que lhe permitem desvendar o caso. Ainda assim, se sustenta bastante devido à estética das cenas, como a trilha sonora, a qual é muito bem composta e selecionada, criando a profundidade emocional que falta na narrativa.
Este novo Assassinato no Expresso Oriente certamente não é a melhor obra já feita com base no best-seller de Agatha Christie, mas ainda entrega um bom resultado, ótimo para despertar interesse de leitores que ainda não folhearam nenhuma página da escritora mais vendida do mundo.
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