alguém pode fazer uma redação para mim sobre "O RACISMO ESTRUTURAL NO BRASIL E SUAS CONSEQUÊNCIAS"? *55 pontos*
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Resposta:
Quando se é excluído de uma sociedade, de grupos de pessoas específicas, de ações no ambiente corporativo ou até mesmo de celebrações, o estresse aparece, alterando o humor e com a possibilidade de baixar a autoestima.
Pessoas que sofrem discriminação racial são propensas a desenvolver dificuldades emocionais e comportamentais, estresse pós-traumático, ansiedade e depressão. São situações que comprometem diretamente a saúde mental e o bem estar das vítimas, pesquisas americanas relatam que os eventos estressores relacionados à raça podem ser considerados fatores de risco mais intensos para o sofrimento psicológico do que outros eventos estressantes. Vamos treinar a empatia, tente imaginar o efeito causado pelas frases abaixo:
– “O seu cabelo parece com o bombril que eu uso em casa”.
– “O que você está fazendo aqui? Aqui não é lugar para gente da sua laia.”
– “Vou revistar você, você não tem cara de gente de bem.”
– “Ah, você trabalha como gerente? Pensei que não tivesse saído do cargo de assistente.”
– “Até que as pessoas pretas fazem filhos bonitos”.
-”Tinha que ser coisa de preto.”
– “Para uma negra você é até bonita”.
As frases acima geram desconforto nas vítimas, as fazem questionar sobre o seu tom de pele, sobre as suas origens e sobre o seu futuro, quando as vítimas lembram das discriminações que sofreram, inúmeros pensamentos surgem, gerando sentimentos de culpa, tristeza, insegurança e complexo de inferioridade, cada pessoa reage de uma forma, entretanto as consequências de um ato de racismo não fica apenas nas palavras que foram faladas, mas desenvolvem traumas e feridas na alma que despertam os sintomas de intrusão (incapacidade de tirar da mente os
Redação Pronta sobre racismo
O racismo é uma chaga social no Brasil. Mesmo após mais de um século de abolição da escravatura, a população negra permanece, na maioria das vezes, à margem dos espaços de prestígio. A relação de exclusão com base na cor da pele está presente nos ambientes de trabalho, nas universidades, nos hábitos cotidianos. Compreender como o racismo opera no tecido social e como é possível superá-lo é, dessa forma, confrontar uma ferida que marca o país.
Última nação ocidental a conceder liberdade aos escravos, com a Lei Áurea, de 1888, o Brasil buscou construir, desde então, uma autoimagem de território de respeito às diferenças e de convívio racial pacífico. A Lei Áurea, no entanto, foi conservadora em seu texto e não contou com qualquer ressarcimento ou política de inclusão para populações que ficaram tanto tempo afastadas da cidadania, do direito ao letramento e da liberdade de ir e vir. O resultado, previsível, foi a perpetuação de uma violência social herdada do passado, mas renovada no presente.
Se foi injustificável o descaso a que acabaram relegados milhares de ex-escravizados, foi também persistente a luta deles pela liberdade plena. Uma luta que ecoou em seus descendentes e que hoje se traduz em batalha por representatividade e mais espaços de poder. Conquista bem conhecida dos brasileiros, a política de cotas, por exemplo, vem legando uma mudança na feição das universidades e das repartições públicas – hoje mais heterogêneas.
Os avanços na política de inclusão racial no Brasil, entretanto, ainda continuam pontuais e resultam de pressões da sociedade organizada. O país permanece sem uma política de Estado coordenada, ampla, que ultrapasse governos e esteja presente em diferentes pastas, como o Ministério da Justiça – com políticas mais precisas de ressocialização da população carcerária, em sua maioria negra – e o Ministério da Educação – com ações sistemáticas de conscientização em eventos e materiais didáticos. Só assim, ultrapassando ações pontuais, será possível minimizar de forma mais efetiva o abismo racial que ainda assola o país.