alguem pode fazer um resumo sobre (índios ensinam como garantir a sustentabilidade da grande floresta) pff
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Resposta:
Os chamados planos de gestão territorial e ambiental em terras indígenas vêm sendo construídos nos últimos quatro anos (de 2004 a 2007) pelos próprios índios - especialmente pelos agentes agroflorestais indígenas, professores, agentes de saúde e lideranças tradicionais comunitárias - no contexto das oficinas de etnomapeamentos que a Comissão Pró-Índio do Acre (CPI/AC) e a Associação do Movimento dos Agentes Agroflorestais Indígenas do Acre (AMAAIAC) vêm realizando, junto com organizações indígenas locais, em oito terras indígenas situadas no vale do Alto Juruá acreano, nas proximidades da faixa de fronteira internacional Brasil/Peru.
Os planos de gestão constituem ferramentas importantes que vêm subsidiando e garantindo a sustentabilidade social e ambiental das populações que vivem em diversas terras indígenas no estado.
Muitos acordos estabelecidos nesses planos já vêm sendo praticados pelos índios, especialmente aqueles relacionados às formas de manejo e conservação de recursos naturais, como palmeiras e palheiras, pesca, caça, enriquecimento de sistemas agroflorestais, criações de animais silvestres etc.
Nesse sentido, é importante refletir sobre as diferentes formas de implementação dos planos de gestão de acordo com a realidade de cada aldeia, que é a unidade comunitária que decide e especifica como serão implementados os acordos coletivos.
Os planos de gestão, ou cartas de intenções, ou ainda acordos coletivos no uso de recursos naturais, não apenas orientam e planejam as atividades dos projetos de desenvolvimento comunitário, como também articulam políticas ambientais do entorno.
Ressaltam demandas que as comunidades têm expectativas de programar e desenvolver, como a criação de animais silvestres (quelônios, peixes, abelhas...) e domésticos, o beneficiamento da produção, a captação de água das chuvas, a vigilância e a fiscalização das terras indígenas etc.
O estabelecimento de normas de comportamento ambiental que sejam amplamente respeitadas pelos membros do grupo somente pode ser alcançado mediante a construção de um consenso social entre todos os membros do grupo", assevera o antropólogo Paul Little, professor da Universidade de Brasília (UnB) a respeito da constituição coletiva desses planos.
Trata-se de uma publicação bilíngüe, contendo fotos, mapas e um conjunto de regras ambientais sobre usos coletivos de recursos florestais e florísticos, caça, pesca, roçado, plantios agroflorestais, manejo e criação de animais silvestres, aldeia, lixo, saneamento básico (saúde indígena), recursos hídricos, vigilância e fiscalização de suas terras e relação com o entorno.
Novas publicações estão sendo organizadas como uma maneira respeitosa de devolução aos índios dos resultados dos estudos de etnomapeamento que foram realizadas nas terras indígenas Kampa do Rio Amônia, Kaxinawá e Ashaninka do Rio Breu, Kaxinawá do Rio Jordão, Kaxinawá do Baixo Rio Jordão, Kaxinawá do Seringal Independência, Kaxinawá do Rio Humaitá, Poyanawa e Nukini.
Semente florestal: de 1993 a 1996 a comunidade se organizou para fazer a coleta e venda de algumas espécies de sementes florestais (mutamba, atopa, mulateiro, mulungu da várzea, copaíba, cedro, aguano (mogno), bálsamo, san pedro, cumaru, pau d’arco, etc.);
planejar reunião com os moradores da Reserva Extrativista do Alto Juruá para informar o que é o txamayro e sua importância na cultura Asheninka, falar da pesquisa e solicitar autorização para a coleta e zelo da área onde ele se encontra;
representantes da comunidade devem participar e exigir a fiscalização na época da piracema no município de Marechal Thaumaturgo e no baixo rio Amônia (que fica fora da terra indígena).
em agosto de 2004, a primeira área foi novamente afetada, quando colocaram uma grande quantidade de veneno no rio Amoninha, do meio até a foz, matando aproximadamente duas toneladas de peixe.
Sistema de fiscalização da área de fronteira: planejar um sistema de fiscalização da área de fronteira pela comunidade e cobrar dos poderes públicos a proteção da terra indígena.
Intercâmbio de realidades e experiências em desenvolvimento sustentável: dar continuidade, no entorno da terra indígena, às ações de conscientização sobre questões socioambientais relacionadas à gestão ambiental do Alto Juruá;
Alunos do ensino médio da cidade: trazer alunos do ensino médio da sede do Município de Marechal Thaumaturgo para conhecer as experiências de gestão territorial e ambiental da aldeia Apiwtxa.