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Resposta:
Provavelmente, Aqualtune foi vendida como escrava após ser derrotada na Batalha de Mbwilla em torno do ano de 1665. O confronto foi travado entre congoleses e portugueses, seguindo-se um período de guerras internas ligadas à sucessão real.[2]
Em Mbwilla, congoleses e portugueses em relativa igualdade numérica se enfrentaram. O exército do povo nativo era formado por camponeses recrutados, enquanto dos estrangeiros era composto por guerreiros imbangalas (jagas), povo criado na tradição guerreira. A motivação para o conflito era a disputa sucessória de Mbwilla, importante região do Ndembo, sendo de interesse dos ibéricos controlar o território por causa do ouro e da prata.[2]
Na batalha morreram milhares de congoleses, muitos deles pertencentes à nobreza do lugar e o Rei Antonio I teve sua cabeça cortada e enterrada em Luanda. Enquanto que sua coroa e seu cetro foram submetidos a Lisboa, como uma forma de recordação de vitória. E foi nesse contexto que provavelmente Aqualtune foi vendida e escravizada, deixando de ser uma princesa para se tornar uma escrava no Recife, Brasil.[2]
Não se sabe ao certo rastros da infância dela, o que é conhecido é sua presença na guerra e seu envio para um navio negreiro para o forte de Elmina, em Gana antes de ser mandada para o Brasil. No local, a líder feminina teria sido "batizada" por um bispo católico e para marcar o ritual, Aqualtune foi marcada por uma flor com ferro quente no seio esquerdo. Logo após esse episódio teria sido enviada grávida para as terras brasileiras, como alguns especulam. Sua gravidez é incerta, pois ela teria sido estuprada por outro escravo, por causa de seu biotipo forte e saudável, mesmas características que a tornaram uma escrava reprodutora.[3]
No Brasil
Conta-se que Aqualtune ficara desesperada ao desembarcar no Recife e que teria tentado correr para o mar, uma tentativa desesperada para voltar à sua terra natal. Foi então levada para uma fazenda em Porto Calvo, no sul da Capitania de Pernambuco (atual estado de Alagoas), onde foi estuprada para dar origem a novos cativos de acordo com o interesse de seus donos. A fazenda onde ficara era especializada em gado e os senhores logos perceberam sua proximidade com outros escravos,por isso deixaram-na nas mãos dos piores homens do lugar.
Contudo, isso não foi suficiente para intimidá-la e deixar sua força de lado. Ao ouvir falar da resistência negra no país, formada por quilombos, Aqualtune sentiu-se atraída pelo movimento e juntou-se a outros negros. Fugiu da fazenda onde estava sendo escrava e foi lutar pela sua liberdade e de outros.[4]
Com o passar do tempo tornou-se mãe de Ganga Zumba e logo depois avó de Zumbi dos Palmares. Já o fim de sua vida e data de sua morte são incertos, mas relatos apontam que seu falecimento veio ocorrer após anos como forte resistência da luta local. Há boatos de que Aqualtune morreu durante uma emboscada paulista para destruir o Quilombo dos Palmares, em um incêndio. Ainda existem outras vertentes que dizem que a guerreira teve seus últimos dias em paz descansando em outra comunidade.[4]
Há também quem diga que várias expedições enviadas pelos portugueses teriam queimado a vila onde vivia com outros idosos. Outros alegam que ela conseguira fugir, ou teria morrido de forma natural por causa da idade.[3]
Apesar de ser pouco lembrada pelos livros e escolas brasileiras, Aqualtune foi uma figura muito importante para a história da população negra durante o Período Colonial. Ela simbolizou liderança e luta dentro do sistema escravocrata e passou isso adiante através de seus herdeiros e de seu comando no quilombo.[4]
Explicação: