Português, perguntado por mateuspereirafreitas, 8 meses atrás

ALGUÉM ME MANDA UM RESUMO DO LIVRO "AS BATALHAS DO CASTELO" COM PRINCIPAIS FATOS E ECT.
PFV É URGENTE!!!​

Soluções para a tarefa

Respondido por joao8371vitor
10

Sinopse: Mais ou menos lá pelo meio da Idade Média, um bobo da corte recebe de herança do rei um castelo abandonado — e também os doentes e aleijados do reino como súditos... Começa assim este romance de heróis estranhos (e na realidade tão comuns), lutando por uma vida melhor, com armas muito atuais: o trabalho, o companheirismo, a confiança, a criatividade, para vencer a fome e a peste. Depois, enfrentando o obscurantismo e a opressão, o Castelo resiste, e vence novamente através do perdão e da união, lições também muito atuais para o mundo de hoje.

Bem, para começar quero dizer que li esse livro para a escola. Quem já leu outras resenhas minhas, como de Alexandre e Outros Heróis, sabe como eu odeio ser obrigada a ler um livro, e tenho certeza de que não sou a única. Mas dessa vez foi muito diferente, e sem dúvidas esse foi o melhor livro que minha professora poderia ter escolhido. Nele, você não encontra histórias sem nenhum sentido como em Alexandre, e muito menos uma super repetitiva, e consequentemente enjoativa, como em Dona Casmurra e Seu Tigrão.

Como pode-se ler na sinopse, a história é passada na Idade Média, e conta as aventuras e desventuras que um bobo da corte, chamado de Bobuque, e seus súditos (todos com nomes muito engraçados, com os adultos de acordo com sua função no novo lar, e as crianças com os de estações do ano e dias da semana) sofrem para chegar e tornar habitável o Castelo do Canto, um lugar construído pelo antigo Rei para que ele apenas pernoitasse em viagem aos reinos vizinhos. Lá todos trabalham em alguma coisa para transformar o Castelo de um lugar horrível e sem valor para um lar para crianças órfãs, velhos, deficientes, doentes, aleijados e até bandidos. Eles conseguem fazer com que esse lugar se torne um reino muito melhor que qualquer outro aos arredores, mesmo realizando coisas por si próprios, como plantando e colhendo seu próprio alimento, reformando o castelo com ferramentas velhas doadas e usando animais que foram conseguindo pela viagem.

O melhor de tudo foi que Domingos Pellegrini (autor) conseguiu transmitir durante todo o livro como era a verdadeira vida de cada pessoa na Idade Média, desde os mais pobres até os mais ricos, dos mais novos aos mais velhos. Esse aspecto foi o que mais me agradou, a suposta realidade que atingia a sociedade dos tempos da Idade Média.

No livro, são mostrados além dos personagens já citados, toda a nobreza, camponeses, clero... Todos da forma que devem ser retratados para mostrar a verdade do que realmente acontecia naqueles tempos.

Cada personagem tem seus medos, angústias, sofrimentos, paixões, decisões e escolhas, sendo que tudo isso influencie em seu destino final.

— É uma doença — disse o Poeta — Dá em muita gente: chama de amor.

— Me parece mais uma febre chamada paixão — Bobuque olhou para onde Sábado olhava com a carroça parada.

Um ponto que pode ser considerado negativo é que o título geralmente é mal interpretado. Veja, As Batalhas do Castelo não se refere exatamente a batalhas entre pessoas para conseguir dominar e/ou manter o castelo. É mais as batalhas que eles tem de enfrentar para poder tornar a vida melhor, como a própria sinopse diz, como o trabalho para vencer a fome, o companheirismo e a união para vencer a peste que assola os reinos, acompanhado da criatividade para fazê-lo. Batalha, batalha não há.

Naquele tempo, os ratos causaram pestes que mataram até mais da metade do povo em muitos reinos, mas ninguém desconfiava dos ratos: para uns, a peste era coisa do Diabo; para outros, era castigo de Deus. De qualquer modo, morrer era o que mais acontecia nos castelos e aldeias onde chegava a peste; e mesmo cidades chegavam a ficar vazias de gente e cheias de cadáveres roídos pelos ratos — que assim mais e mais aumentavam, viajando em bandos pelos campos, levando a peste a todos os horizontes.

Esse foi um livro maravilhoso de se ler, sem muitas palavras complicadas, o que torna a leitura super leve e agradável, de modo que ela flua muito bem. Como são só 123 páginas, dá para ler em um dia.

Recomendo a todos que queiram ler algo nacional, sem ser um clássico, mas algo moderno e atual que tem como tema principal os tempos bem antigos.


mateuspereirafreitas: vlw!!
joao8371vitor: flw
Respondido por Mariasouza019030
3

Resposta:

Na minha primeira leitura, lembro de ter demorado certo tempo para enfrentar esse bicho de sete cabeças. Ele ficou paradinho na estante por um tempo consideravelmente maior do que todos os outros, mas finalmente chegou o dia em que não havia mais nada que eu pudesse ler e finalmente chegou a vez de As batalhas do Castelo.

Logo que abri o livro no primeiro capítulo já me deparei com uma cena um tanto quanto impossível de acontecer no curso natural da história, pelo menos até onde eu havia estudado a história: um bobo da corte, após a morte do rei, ganha o direito sobre terras que ele deveria prover e um título para que pudesse cuidar de seu próprio castelo, largando assim a vida de bobo e passando a ser um Duque.

E daí pra frente o livro passou extremamente rápido. Tão rápido que tive que ler mais duas vezes quando criança e uma quando adulta pra entender toda a complexidade por trás da história contada nas 206 páginas do livro.

A edição que eu tenho comigo é de 2011 pela editora Moderna, mas sei que depois disso já houve uma edição mais nova e diferente que vocês podem ver na imagem abaixo.

Eu simplesmente fiquei apaixonada por essa história que mostra toda a desigualdade e desumanidade dos reinos da Idade Média. Todos os dados históricos vêm mascarados de ficção e nos fazem aprender, mesmo que seja apenas um pouco, dos hábitos de vida das pessoas sofridas que viviam nos reinos e dos reis que governavam tudo em cima de seus castelos, aproveitando todo o luxo que a época poderia lhes oferecer.

Domingos Pellegrini, o autor dessa maravilhosa história, acertou em cheio em cada mínimo ponto e a narração vem em um ritmo suave e melódico. Todas as falas parecem ser poesias escritas para aquele momento, músicas cantadas com o coração para que todos possam escutá-lo.

Mas poderia ser diferente quando se trata de um Duque que foi bobo e conhece todo o sofrimento daquele povo que agora o segue com tanto afinco? Sim, o Bobuque acabou se tornando um líder, alguém que todos admiram e querem seguir. Ele motiva a todos, em todos os vilarejos por onde passa antes de chegar a terra que fora destinada a ele e seu novo povo.

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