Português, perguntado por annabiafernandes, 10 meses atrás

Alguém me ajuda por favor estou desesperada. Trace uma comparação de estilo e de conteúdo entre os poemas de Alberto de Oliveira, indicando qual deles se mostra fiel ao ideário parnasiano de poesia. Poema 1:Vestígios divinos Houve deuses aqui, se não me engano; Novo Olimpo talvez aqui fulgia; Zeus agastava-se, Afrodite ria, Juno toda era orgulho e ciúme insano. Nos arredores, na montanha ou plano, Diana caçava, Actéon a perseguia. Espalhados na bruta serrania, Inda há uns restos da forja de Vulcano. Por toda esta extensíssima campina Andaram Faunos, Náiades e as Graças, E em banquete se uniu a grei divina. Os convivas pagãos ainda hoje os topas Mudados em pinheiros, como taças, No hurra festivo erguendo no ar as copas. Poema 2:A CASA DA RUA ABÍLIO A casa que foi minha, hoje é casa de Deus. Traz no topo uma cruz. Ali vivi com os meus, Ali nasceu meu filho; ali, só, na orfandade Fiquei de um grande amor. Às vezes a cidade Deixo e vou vê-la em meio aos altos muros seus. Sai de lá uma prece, elevando-se aos céus; São as freiras rezando. Entre os ferros da grade, Espreitando o interior, olha a minha saudade. Um sussurro também, como esse, em sons dispersos, Ouvia não há muito a casa. Eram meus versos. De alguns talvez ainda os ecos falarão, E em seu surto, a buscar o eternamente belo, Misturados à voz das monjas do Carmelo, Subirão até Deus nas asas da oração.

Soluções para a tarefa

Respondido por esperto001
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Resposta:Sobre um trono de mármore sombrio,

Em templo escuro, há muito abandonado,

Em seu grande silêncio, austero e frio

Um ídolo de gesso está sentado.

E como à estranha mão, a paz silente

Quebrando em torno às funerárias urnas,

Ressoa um órgão compassadamente

Pelas amplas abóbadas soturnas.

Cai fora a noite - mar que se retrata

Em outro mar - dois pélagos azuis;

Num as ondas - alcíones de prata,

No outro os astros - alcíones de luz.

E de seu negro mármore no trono

O ídolo de gesso está sentado.

Assim um coração repousa em sono...

Assim meu coração vive fechado

O parnasianismo nasceu na França, em 1866, com a publicação Parnasse Contemporain (“Parnaso Contemporâneo”) e teve como prioridades o culto à forma, a “arte pela arte”, a objetividade temática e o distanciamento de questões de cunho social. Assim como o realismo, foi um movimento de oposição ao romantismo, que já estava em franco declínio.

Contexto histórico

Contemporâneo das escolas realista e naturalista, o parnasianismo é um herdeiro das escolas cientificista, determinista e positivista do último quarto do século XIX. À época, popularizavam-se as ideias positivistas de Auguste Comte, que exaltavam o método científico como o único meio de se chegar ao conhecimento e ao progresso.

A burguesia industrial consolidava-se no poder, ocasionando o surgimento de um proletariado explorado e, por consequência, da luta de classes. Temas relacionados a acontecimentos sociais e históricos, entretanto, não eram abordados pelos autores parnasianos.

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