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A Teoria Literária consiste no estudo e sistematização da Literatura como área do conhecimento, bem como os modos de análise deste campo. Assim como a Literatura Comparada, consiste em um campo bastante recente. Antes da popularização do termo, seu estudo era realizado no campo da Estética, que compreende todas as Artes.
Até o início do século XX, quando a teoria literária se estabeleceu, a literatura não tinha um tratamento priorizado em relação às outras artes. Todavia, seus estudos remontam à Aristóteles e sua Poética, que analisava as manifestações literárias da época.
Para o escritor pode ser útil, embora não estritamente necessária. Entretanto, pode auxiliar na obtenção de modelos, tais como estrutura narrativa ou de versificação. Nas obras de alguns autores, como, por exemplo, o argentino Jorge Luis Borges, pode-se observar um conhecimento bastante apurado do campo, ao ponto de levá-lo a desenvolver questões teóricas de forma literária em seus contos e ensaios.
Para os críticos acadêmicos, a teoria literária pode ser considerada como o ponto de partida para compreender os pormenores da área a qual se dedicam, tais como correntes de pensamento, etc. Nesse aspecto, ela opera uma distinção entre o crítico e o leitor comum.
Entre os conceitos básicos, destacam-se os de discurso, linguagem, espaço, estrutura, literariedade, narrador, obra literária, polissemia, tempo e verossimilhança.
As principais linhas da teoria literária são: o Formalismo Russo (primeiras décadas do século passado), o Estruturalismo Tcheco (década de 30 do século passado), o Pós-Estruturalismo e o Desconstrutivismo franceses, e a Estética da Recepção alemã (década de 60 do século passado), a Crítica de Gênero (década de 70 do século passado), e os Estudos Pós-Coloniais e Culturais (a partir da década de 80 do século passado).
Entre os principais autores, estão o russo Mikhail Bakhtin (formalismo), o tcheco Roman Jakobson, os franceses Roland Barthes (pós-estruturalismo) e Jacques Derrida (desconstrutivismo), os alemães Hans Robert Jauss e Wolfgang Iser (estética da recepção), a norte-americana Joan Scott (crítica de gênero), o palestino Edward Said (estudos pós-coloniais) e o argentino Noé Jitrik (estudos culturais).
Atualmente, são oferecidas disciplinas de teoria literária nos cursos das principais universidades europeias, norte-americanas e dos países periféricos.