alguém manda um conto psicológico
Soluções para a tarefa
Era o grande dia. A prova final do nono ano e eu estava nervoso, suava frio, estava preso ao meu eu interno pensando na hora da verdade. Eu havia estudado passado dias me preparando incansavelmente para aquele momento.
Enfim chegara a hora. Sentei-me em uma cadeira entre várias outras enfileiradas perfeitamente e avaliei ao meu redor vários alunos nervosos.
Enfim comecei a prova. Podia ouvir minha caneta correr pelo papel e minha respiração ofegante por causa do nervoso. Ouvia também o lápis que caía, rascunhos sendo amassados e gemidos de dúvida de meus companheiros momentâneos.
Então cheguei na última questão, aquela que é sempre um desafio. Mas desta vez eu sabia responder, havia estudado e estava a par do assunto.
Entreguei minha prova, parecia que estava entregando meu coração, mas este, no entanto, batia forte no meu peito pulsando a adrenalina no meu sangue pelo nervosismo.
A orientadora disse-me para ir para a zona de espera e aguardar a lista de alunos aprovados chegar.
Chegando ao lugar indicado percebi que havia demorado, havia muita gente ali já a espera. Percebi então que estava tão concentrado que o tempo voara.
Neste momento refiz a prova mentalmente, eu fora bem, mas, não tão bem para afirmar que passara, já que minhas notas não eram tão boas.
Houve então a inversão na percepção do tempo. Agora passava devagar, eu podia ouvir soluços, tosses, choros, pequenos gritos de desespero, pés batendo de nervoso, mas o que realmente reinava era o silencio.
Ouvi então lá da frente alguém gritar. A lista chegara.
Eu não era alto, então me estiquei para ver e, finalmente, vi meu nome na lista. Deixei minha felicidade extravasar, permiti-me um pequeno grito, mas só isso. Era meu dever e mérito.
Fiquei ali estagnado, havia me libertado. Sentia-me livre, mas revi várias vezes meu nome ali por garantia.
Quando fui embora já não havia ninguém apenas eu, o silencio e os grilos. E esse som seria por um breve período de tempo uma lembrança boa da minha vitória.