Geografia, perguntado por parausarnobraylin, 7 meses atrás

alguém faz um resumo desse texto pra mim pelo amor de Deus sem usar nenhum site

Os Kaingang possuem um apreço incomensurável pelas matas, por estas desempenharem papel central na vida do povo, desde oferta de subsídios a dieta alimentar a ser local onde habitam espíritos. O pinhão, fruto da araucária, convertia-se no principal alimento. Associada às práticas de caça e coleta, tinham na agricultura uma importante fonte complementar de alimentos. Porém, as matas não eram apenas reserva de alimento, nelas estão as moradas dos espíritos dos mortos/véinh kupríg, que não são visíveis, mas podem levar a alma das pessoas para o mundo dos mortos, conforme afirmação de Kimiye Tommasino (2004). Segundo essa antropóloga:
O surgimento de plantas e cereais também está registrado nos mitos, fundamentados na relação com a natureza. No caso específico, o milho, a abóbora e a moranga surgem da própria imbricação homem natureza, da vida e morte contidas no próprio dualismo do povo.
Nas roças, mantêm a técnica herdada de seus ancestrais: abrem uma clareira dentro da mata – geralmente uma área de taquaral -, derrubam os troncos maiores, quebram os arbustos menores, queimam quando estão secos e esperam as primeiras chuvas para semear (...) Nas roças que se localizam nas encostas dos morros, realizadas em clareiras dentro das matas, percebe-se que as condições existentes no passado estão preservadas: as roças são protegidas do excesso de sol, a umidade do solo é mantida e a biodiversidade que a envolve garante a proteção contra as pragas (Op. cit., p. 186).

Posteriormente os batedores do mato foram denominados bugreiros, contratados pelo governo, por particulares e pelas empresas colonizadores, encarregados de exterminar os indígenas, dentre eles se destaca Ireno Pinheiro, que na década de 1970 concedeu entrevista ao Pe. Leonir Dall’Alba e posteriormente ao antropólogo Silvio Coelho do Santos: (...) o assalto se dava ao amanhecer. Primeiro, disparava-se uns tiros. Depois passava-se o resto no fio do facão (...). O corpo é que nem bananeira, corta macio. Cortava-se as orelhas, cada par tinha um preço (...). As vezes para mostrar a gente trazia algumas mulheres e crianças (...). Tinha que matar todos. Senão algum sobrevivente fazia vingança (...). Quando foram acabando o governo deixou de pagar a gente (...). Getúlio Vargas já era governo quando fiz a última batida.

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Respondido por cacauverdin
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Resposta:

Os Kaingang possuem um apreço incomensurável pelas matas, por estas desempenharem papel central na vida do povo, desde oferta de subsídios a dieta alimentar a ser local onde habitam espíritos.Associada às práticas de caça e coleta, tinham na agricultura uma importante fonte complementar de alimentosas, as matas não eram apenas reserva de alimento, nelas estão as moradas dos espíritos dos mortos/véinh kupríg.O surgimento de plantas e cereais também está registrado nos mitos, fundamentados na relação com a natureza.

No caso específico, o milho, a abóbora e a moranga surgem da própria imbricação homem natureza, da vida e morte contidas no próprio dualismo do povo.Nas roças que se localizam nas encostas dos morros, realizadas em clareiras dentro das matas, percebe-se que as condições existentes no passado estão preservadas: as roças são protegidas do excesso de sol, a umidade do solo é mantida e a biodiversidade. Posteriormente os batedores do mato foram denominados bugreiros, contratados pelo governo, por particulares e pelas empresas colonizadores, encarregados de exterminar os indígenas, dentre eles se destaca Ireno Pinheiro, que na década de 1970 concedeu entrevista ao Pe. Leonir Dall’Alba e posteriormente ao antropólogo Silvio Coelho do Santos: (...) o assalto se dava ao amanhecer.

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