Português, perguntado por ivagnar10, 7 meses atrás

alguém faz um cordel relacionado ao São João, por favor ​

Soluções para a tarefa

Respondido por laryfrank67
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Resposta:

Esse tal coronavírus

Bagunçou nossas rotinas

E além dos beijos e abraços

Nos tirou as festas juninas.

Não haverá quadrilha,

Dançar forró é armadilha,

Ninguém pode se aproximar,

É preciso cuidado,

Eu sei que dá enfado,

Mas teremos que esperar.

Tá aqui dentro da gente,

No DNA nordestino,

É parte do nosso todo,

A cultura do mês junino.

Os cheiros e sabores,

Os temperos e amores

Desse tempo especial

Aí vem uma pandemia,

E estraga a alegria

De forma tão radical.

Esse tal coronavírus

Bagunçou nossas rotinas

E além dos beijos e abraços

Nos tirou as festas juninas.

Não haverá quadrilha,

Dançar forró é armadilha,

Ninguém pode se aproximar,

É preciso cuidado,

Eu sei que dá enfado,

Mas teremos que esperar.

Olha coronavírus

Não tem como perdoar,

Como tu ousa vir aqui

E derramar o mucunzá?

Tirar o sabor da paçoca,

O pipocar da pipoca

O grudento do alfinim,

A buchada, o sarapatel,

A maçã melada de mel...

Ah se eu te pego, bichim.

A beleza da meninada

Vestida pra se apresentar

Os passinhos sem compasso

Jeitim dengoso de dançar

Os bigodes pintados

Os cocó amarrados

Os vestidos multicor

É difícil pensar,

Mas nada disso haverá

Por conta desse temor.

Não haverá xaxado,

Arrastapé, nem baião.

Sanfonas em silêncio

Acordes de lamentação.

Nem forró pé de serra

Ou pé sujo de terra,

Do pisadim arrastado.

O tocador tá sisudo,

O cantor ficou mudo,

Culpa desse vírus abestado.

Já dou por falta do barulho

Das bomba de São João,

Do cheirinho de pólvora,

Se alastrando no salão.

A lenha queimando,

A fogueira esquentando,

A turma em reunião

Mês de junho sem isso

Sem esse rebuliço,

Num é mês de junho não.

A gente na pracinha,

Caçando comida e conversa

O povo encostando

O relógio sem pressa.

Tem rima, apresentação,

Pau de sebo, diversão.

Ô Covid da mulesta

Aqui se conta nos dedos

O dia pros Folguedos

E tu estraga nossa festa.

Ah se alguém grita

Lá no meio do salão

“É mentiiiiiiira!”

“Num tem Covid não”

“Alavantu, Anarriê

Passa a dama e balancê”

Mas num tem saída

Pra seguir em frente

Tem que girar diferente

Na grande roda da vida.

Seguiremos aqui,

Mascarados a esperar.

O Gonzagão que há em nós,

Vírus nenhum há de calar.

No peito tem fogueira,

Um calor de primeira

Que nunca se acaba.

No braseiro do coração

Arde forte essa paixão

Pode vir 10 mil praga.

Não tem bandeirinha,

Mas tem o luar do sertão.

A cruviana de noitinha

Soprando sua canção.

Se não faltar sorte

Tem um trio de caçote

Tocando desafinado,

Seguido da passarada

Logo na alvorada:

É o forró assobiado.

O São João é dentro da gente

E ao redor de nós tudim.

Tá no mundo todo

Tradição que não tem fim.

No matuto moderno

De gibão ou de terno

Sai até no respirar

É da nossa natureza

E tem tanta dureza

Que vírus nenhum há de quebrar.

Agora eu digo a vocês

E é cheio de rancor

Que a peste desse Covid

Esse espalhador de horror

É persona non grata

É visita ingrata

Não merece compaixão

Não tem como desculpar

Quem ousou roubar

A alegria do nosso São João

Valmir Macêdo

[email protected]

Explicação:

observe o cordel não e meu ಠಿ_ಠಿ

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