Português, perguntado por sofialubkereis, 11 meses atrás

algm consegue me resumir o livro: por um simples pedaço de cerâmica????

Soluções para a tarefa

Respondido por mile547
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Orelha-de-pau é um jovem órfão, nascido em Songdo, que mora embaixo de uma ponte com Homem-garça, em uma vila de ceramistas chamada Ch’ulp’o. Como aprendeu com o homem que cuidou-lhe desde que um monge o deixara (após o templo não podê-lo aceitá-lo pela mesma doença que matara os pais do garoto – a febre – e o tio do bebê ter se mudado sem deixar rastros), nunca roubara e nem cometera atos errados.

               Homem-garça possuía uma perna atrofiada e era impedido de trabalhar, porém, era extremamente habilidoso em criar sandálias, que sempre dava a Orelha-de-pau. O homem não possuía família, nem casa, que fora obrigado a vender para se manter, e não se tornara monge após um encontro assustador com uma raposa em meio à subida até o templo.

               Para que ambos pudessem se alimentar, Orelha-de-pau buscava comida em pilhas de lixo ou em restos das colheitas anuais de arroz. Certo dia, ao andar pela estrada, encontrara um lavrador carregando arroz numa sacola que o derramava por todo o caminho. Esperando até o momento em que houvesse alimento desperdiçado o suficiente para ele e Homem-garça, o garoto avisou o trabalhador e foi recompensado pela permissão de recolher as sobras no chão.

Uma de suas distrações, que o faziam esquecer a fome e os problemas, era claramente observar os ceramistas de sua vila trabalhando. A forma como a argila se tornava uma obra de arte em suas mãos o encantava. A técnica da cerâmica celadon era simplesmente magnífica, misturando jade, violeta, cinza e azul em algo que resultava na “transparência da água”. Porém, nem sempre as cerâmicas ficavam perfeitas e lindas formas eram jogadas no lixo. Um dos motivos que levava a isso era quando a maravilhosa coloração ficava manchada de marrom, após a queimada.

O mestre que mais observava era Min, o mais habilidoso de Ch’ulp’o. Casado com uma mulher já idosa, como ele, e que posteriormente Orelha-de-pau chamaria de Ajima (algo como titia). Ambos perderam um filho da idade do garoto e nunca o esqueceram. Enquanto o cerâmico era grosso, sua esposa era doce e divertida, com olhos que lembravam o do Homem-garça.

Após quebrar uma das cerâmicas de Min, ao observá-la e tocá-la, Orelha-de-pau passa a trabalhar para ele durante nove dias, cortando lenha para o fogão da cidade, responsabilidade do mestre durante aquele período. O garoto tinha sempre a esperança de aprender a fazer um vaso prunus, o que achava mais bonito. Sua força de vontade era tanta que superou até sua mão machucada pelo árduo trabalho, que era sempre cuidada por Homem-garça.

Quando sua dívida já havia sido paga, Orelha-de-pau passou a trabalhar de graça para Min, com o intuito de seguir seu sonho. Após esquecer disso uma vez, o jovem passou a guardar metade de seu almoço para levar ao Homem-garça. Misteriosamente (na verdade, sempre foi a esposa do cerâmico), a cuia sempre se enchia de comida novamente.

Com o tempo, entre drenagens e retiradas de argila ou cortes de lenha, Orelha-de-pau e Homem-garça passaram a viver levemente melhor, já que conseguiam comida, indiretamente, com a esposa de Min. Porém, como o menino sempre estava trabalhando, o Homem-garça tentara pegar os peixes quando a maré os empurrava para a praia, e acabara quebrando sua bengala.

Certo dia foi avisado que um emissário real estava vindo para Ch’ulp’o e Kangjin para escolher ceramistas que receberiam encomendas reais, que normalmente duravam a vida inteira. Min e Kang, os melhores cerâmicos da vila, trabalharam arduamente. O segundo, entretanto, testava uma nova técnica, que, por seus bons conceitos, Orelha-de-pau não pode contar a seu mestre. A técnica em questão era a “incrustação”, usando engobo branco e vermelho que mais tarde, com a queimada, se tornaria branco e preto, em contraste com o lindo jade da cerâmica.

Na feira onde o emissário veria todos os artesãos, Min se destacou por seu acabamento perfeito e Kang por sua nova técnica. Apesar de o segundo ser o único a receber uma encomenda, de um ano apenas, Kim, o emissário, avisou que se Min entregasse-lhe um novo trabalho usando a técnica de Kang, receberia uma encomenda também.

Foi isso que Min, com a ajuda de Orelha-de-pau, que levaria os vasos até Songdo, começou a fazer. Suas primeiras tentativas deram errado na queimada e ambos foram obrigados a trabalhar em dobro para cumprir o novo prazo. Quando enfim dois lindos vasos, com a forma melão (tão característica de Min), ficaram prontos, Homem-garça construiu um cesto que os levaria em segurança até o palácio.

Com uma sacola (jiggeh) resistente, portando os vasos, comida e moedas, Orelha-de-pau partiu em uma viagem de dias até a cidade onde Kim está. Homem-garça fica responsável de ajudar Amija em suas tarefas, como cuidar da horta, e recebe um macaquinho de cerâmica celadon que Orelha-de-pau entalhara a mão, já que Min se recusara a ensiná-lo a usar o torno (arte que se passa de pai para filho).

vou fazer continuiçao





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Respondido por heloisagoncalves745
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O livro Por um simples pedaço de cerâmica de Linda Sue Park discorre sobre a vida de Orelha-de-pau, um menino que vive pelas ruas e encontra no ceramista Min uma inspiração para desenvolver suas habilidades na produção de cerâmica, já que ao analisar a arte e observar o mestre produzindo suas obras, o garoto nutri cada vez mais um amor por esse trabalho.

Por um simples pedaço de cerâmica, na verdade é uma metáfora para expressar que ambos os ceramista e garoto órfão estavam a procura de um amor perdido, o menino de um pai, e o mestre o amor de um filho.

Os dois personagens acabam desenvolvendo grande afeto, e Orelha-de-pau realiza seu sonho de desenvolver suas habilidades na produção de cerâmica.

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Bons estudos!

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