Filosofia, perguntado por Klaraaw123, 11 meses atrás

Alegoria da caverna de Platão resumo

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Respondido por amaral4341
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Resposta:A dualidade ontológica é metaforicamente retratada por Platão em seu Mito da Caverna, contida no livro VII de um de seus principais diálogos, talvez o mais conhecido, A república.

Resumo

Também conhecido como Alegoria da Caverna esse mito relata, inicialmente, a condição em que os seres humanos estão, desde o início de vida, acorrentados no fundo de uma gruta subterrânea, completamente imobilizados e com seu campo visual restrito às imagens projetadas na parede natural que têm diante de si, onde sombras de seres humanos e de objetos movem-se com certa regularidade.

Seu horizonte perceptivo, portanto, limita-se a essa realidade, tida por esses seres humanos como o conjunto de tudo o que existe. Atrás desses prisioneiros, há uma realidade absolutamente desconhecida, um caminho elevado para o exterior da caverna, que consiste na abertura pela qual penetram réstias de luz, impedindo a total escuridão no interior da gruta.

Um muro separa a caverna da amplitude de seu ambiente exterior e, por trás dele, transitam frequentemente seres humanos carregando estatuetas que reproduzem formas humanas e animais. Uma parte desses homens transita em silêncio, enquanto outros conversam entre si.

Os seres humanos presos na caverna, convém destacar, ignoram essa realidade mais complexa e as causas profundas das imagens que visualizam na parede da gruta, isto é, acreditam que nada existe além daquelas sombras que se oferecem à sua visão e as recepcionam, equivocadamente, como a realidade completa, que seria formada, então, por contornos de animais e de seres humanos, circulando e conversando no espaço restrito do fundo da caverna.

Desconhecem o fato de que, atrás de si, há uma via que conduz a uma realidade externa à caverna, ignoram a existência de seres humanos que transportam objetos, ignoram os próprios objetos, ignoram a paisagem natural além da gruta, ignoram, enfim, a existência de um mundo amplo e complexo, a verdadeira origem das sombras por eles assumidas como a totalidade do real. Confundem, dessa forma, a aparência com o ser.

Mito da Caverna.

O Mito da Caverna contempla, metaforicamente, o conjunto conceitual da filosofia platônica.

Na sequência da narrativa alegórica, um dos prisioneiros consegue se desfazer de suas correntes. Nos primeiros momentos, é arrebatado por um severo desconforto, dores decorrentes de um corpo acostumado à imobilidade e, subitamente, exposto à liberdade.

A ampliação de seu campo visual igualmente incomoda seus olhos. Em seguida, arrisca alguns movimentos e, em meio à alternância de hesitações e avanços, percorre receosamente o caminho que o conduz à saída da caverna, orientando-se pelos fachos de luz. Surpreende-se ao atingir o exterior da caverna e seus olhos, habituados a visualizar unicamente as sombras na parede da gruta, são incapazes de acolher de imediato a vastidão do mundo desconhecido. Inicialmente, o antigo prisioneiro observa somente as sombras de seres humanos, objetos e vegetações que se espalham pelo chão.

Aos poucos, expande seu olhar. Contempla as imagens refletidas sobre a superfície das águas, dirige gradualmente seu olhar aos próprios elementos ao seu redor – seres vivos, natureza, construções humanas.

Acostumando-se devagar à complexidade do mundo descoberto, atinge o momento em que consegue elevar seus olhos na observação do céu. Por fim, torna-se capaz de atingir o princípio supremo, fonte de iluminação de todas as coisas que podem ser vistas, ou seja, olha diretamente para o sol.

Esse ex-prisioneiro, então, conhece profundamente a realidade e percebe as sombras do fundo da caverna, antes confundida com a realidade plena, como uma reprodução consideravelmente distorcida de um mundo complexo e superior.

Para esse ser humano, que agora conhece efetivamente os seres, decerto não é agradável retornar ao subterrâneo da gruta. Mesmo assim, ele retorna com o propósito de comunicar suas descobertas aos seus companheiros de prisão, para que estes possam realizar o percurso ascensional de conhecimento do mundo.

Explicação:

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