AJUDEM, de que forma o povo inglês participou da revolução puritana??
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Charles Stuart, o filho do rei decapitado Carlos I, assumiu então o trono inglês, escocês e irlandês como Carlos II em 1659 e como não poderia deixar de ser, seu primeiro ato foi atritar-se com o Parlamento, ao declarar-se aliado de Luís XIV, da França, o Rei Sol, de quem requisitou ajuda financeira para reequilibrar as contas da Grã-Bretanha, o que foi notado como blefe, já que o período de 10 anos em que Cromwell governou os ingleses serviu para tornar o império britânico um modelo de expansão capitalista. Logo a proximidade do novo Stuart com o absolutismo francês tornou-o suspeito ao Parlamento, que se dividiu em duas tendências partidárias: os liberais (whigs) contrários ao rei e os conservadores (tories), pró-rei. Como havia equilíbrio entre as partes, Carlos II reinou por longos 26 anos, entre 1659 e 1685. Como não deixou herdeiros, Carlos II foi sucedido por seu irmão Jaime II, que procurou restabelecer o catolicismo na Inglaterra. Mesmo havendo liberdade religiosa como um dos legados da Revolução Puritana, o catolicismo já estava abolido das práticas culturais inglesas fazia mais de 150 anos, tendo sido reinstalado no curto reinado de Maria I a duras penas, de uma forma tão traumática que era mal visto pelos ingleses. Então, um rei católico afastou ambas as facções do Parlamento e novo conflito surgiu, tornando o reinado de Jaime II mais breve do que ele mesmo esperava. A questão se agravou quando o rei teve um filho, que foi batizado nos ritos católicos e o Parlamento passou a conspirar para que a filha do rei, Maria Stuart, anglicana e casada com o príncipe holandês Guilherme de Orange, assumisse o trono. Guilherme de Orange desembarcou com suas tropas em 1688 na cidade portuária de Torbay, com um efetivo de 20 mil homens e como Jaime II não aceitou ser deposto, tentou opor-se militarmente ao desembarque do holandês. Apesar da mobilização, o conflito transcorreu sem derramamento de sangue entre as tropas holandesas e inglesas, no que ficou conhecido como Revolução Gloriosa, que culminou com a derrota do monarca inglês e sua deposição. Com o título de Guilherme III, Orange assumiu o trono inglês, unificando as Coroas inglesa, escocesa e irlandesa à Coroa holandesa. Entretanto, teve que assinar a Declaração de Direitos, que limitava seus poderes. A declaração, que antes de tudo impunha uma condição de que o rei deveria respeitar os poderes do Parlamento, previa que o rei não poderia cancelar leis parlamentares, o Parlamento escolheria o sucessor do rei, o rei não poderia manter-se no controle do exército e teria suas finanças controladas por inspetores. Promulgou também o Ato de Tolerância, que oficializou a liberdade religiosa aos ingleses. Após a Revolução Gloriosa, estabeleceu-se a superioridade da lei sobre a vontade do rei, sepultando de vez o absolutismo na Inglaterra. O parlamentarismo, como sistema de governo estabeleceu-se definitivamente na Inglaterra, que se tornou, assim, uma monarquia parlamentar. A Revolução Inglesa foi um longo processo de conflito de aproximadamente 50 anos. Foi faseada em Revolução Puritana, Protetorado, Restauração da monarquia e Revolução Gloriosa, divisão didática no tempo, em que os mesmos objetivos permaneceram acesos: a luta do liberalismo burguês parlamentar contra o poder absolutista monárquico. Seus resultados foram o estabelecimento da monarquia parlamentar constitucional e o surgimento das ideias de liberdade econômica, social e política, que tanto influenciaram a Revolução Francesa, a independência dos Estados Unidos e das colônias espanholas e portuguesa na América anos mais tarde.
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