Português, perguntado por lanny56, 1 ano atrás

ajuda pra fala um pouco sobre as drogas entre jovens

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Respondido por renatacosta7
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O consumo de drogas está inserido no cotidiano de grande parte de crianças e adolescentes que vivem em situação de rua. A busca de viver momentos mágicos e de aliviar o desconforto, bem como a distância da cidadania em sua plenitude, são alguns dos aspectos que envolvem o elevado consumo de drogas nessa população. Essa realidade vem sendo observada em diferentes países, em todos os Continentes.

 

No Brasil, nas décadas de 80 e 90, foram realizados pelo Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas - Cebrid quatrolevantamentos entre jovens em situação de rua,envolvendo seis capitais brasileiras. Foi no ano de 2003 que, em parceria com a Senad e com apoio financeiro da Comissão Interamericana para o Controle do Abuso de Drogas - Cicad, o estudo ganhou proporção nacional, englobando todas as 27 capitais brasileiras. No segundo semestre de 2003, foram entrevistados 2.807 jovens entre 10 a 18 anos das 27 capitais, que estavam recebendo assistência de 91 instituições mapeadas no período pesquisado. As entrevistas foram conduzidas individualmente, tendo como referência um questionário da Organização Mundial da Saúde - OMS adaptado para a  nossa realidade.

 

Entre os jovens entrevistados foram observadas diferenças de gênero (75,5% do sexo masculino e 24,5% do feminino), idade (52,2% entre 10-14 anos e 47,5% entre 15-18 anos), situação escolar (41,7% havia parado de estudar e 2,5% nunca havia estudado), tempo em situação de rua (69,5% estava em situação de rua há mais de um ano), vínculo familiar (68,8% relatou estar morando com família e 31,2% relatou não estar). Os principais motivos atribuídos para a situação de rua foram: busca de brincadeira/diversão (58,9%), busca de sustento (37,7%) e relações familiares ruins (26,6%).

 

O rompimento do vínculo familiar foi o fator que apresentou maior associação com o uso diário (20 ou mais dias no mês que antecedeu a pesquisa) de drogas. Entre os jovens que, apesar de passar grande parte do tempo nas ruas, estavam morando com suas famílias, o uso diário de drogas (inclusive álcool e tabaco) foi mencionado por 19,7%. Em contrapartida,  esse índice foi de 72,5% para aqueles que haviam rompido o vínculo familiar. Esses dados reforçam o importante papel da família como fator de proteção ao uso abusivo de drogas, bem como apontam  a relevância do trabalho preventivo junto às famílias.

 

As drogas consumidas em maior intensidade (uso diário) foram o tabaco, os solventes e a maconha. O consumo diário de tabaco foi mencionado por 29,5% dos jovens, solventes por 16,3% e maconha por 11,2%. Esse perfil foi relativamente semelhante entre as capitais, exceto em relação ao tipo de solvente predominante (variando entre thinner, cola, loló, entre outros). Para as bebidas alcoólicas, o consumo diário foi mencionado por 3,0%, mas 43% dos jovens haviam consumido no mês (ao menos uma vez no mês que antecedeu a pesquisa) com intensidade variando predominantemente entre 1 a 19 dias/mês. O uso no mês de derivados  da cocaína foi mencionado por 12,6%, mas em freqüências variadas (2,4% com uso diário).


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