AJUDA POR FABOR
1. O texto a seguir, de Leonardo Sakamoto, está sem
a divisão de parágrafos. Reescreva-o no seu caderno
fazendo a separação dos parágrafos. Tenha em mente
que cada parágrafo desenvolverá uma ideia. Se houve
mudança de ideia defendida, é porque começou um
parágrafo novo.
Covid-19, como a polícia no Rio, é mais letal quando
encontra negros pobres
Setenta e dois - João Pedro Matos Pinto, 14 anos,
negro, foi assassinado com um tiro de fuzil, que o
atravessou da barriga ao ombro, nesta segunda (18),
após a casa em que estava brincando com primos
ser invadida por agentes durante uma operação das
polícias Civil e Federal no Complexo do Salgueiro,
em São Gonçalo (RJ). A polícia disse que perseguia
suspeitos, mas a família afirma que a versão é falsa.
Líderes comunitários contaram 72 marcas de disparos
na residência. Segundo seu pai, o estudante nunca
tirou nota vermelha na escola. Duzentos e cinquenta e
sete - Em abril do ano passado, militares executaram o
músico negro Evaldo Rosa dos Santos, em Guadalupe,
Zona Norte do Rio de Janeiro, durante ação de
policiamento. Ele foi morto quando o carro em que
estava com a família indo para um chá de bebê foi
cravado de balas ao ser confundido com outro. Foram
disparados 257 tiros de fuzil, dos quais 83 atingiram
o automóvel e nove, Evaldo. O catador de recicláveis
Luciano Macedo também foi atingido quando tentava
ajudar a família do músico que estava no veículo
(e sobreviveu). Ele morreu 11 dias depois. Cento e
onze - Já em novembro de 2015, cinco jovens negros
foram executados por policiais militares em Costa
Barros, Zona Norte da capital fluminense. O carro onde
estavam Wesley (25 anos), Wilton (20), Cleiton (18),
Roberto (16) e Carlos Eduardo (16) foi metralhado de
madrugada por policiais - que ainda tentaram plantar
uma arma a fim de justificar o crime. Ao todo, teriam
sido 111 disparos.
Carlos Henrique do Carmo Souza, pai de Carlos
Eduardo, me contou que sua ex-esposa, emocionada
durante o velório, abraçou o filho dentro do caixão.
Puxada pelos presentes, acabou erguendo o corpo e
percebeu que ele estava sem o maxilar. A violência
do ataque policial foi tão grande que, nas palavras
do pai, "ele ficou todo destruído". Do total dos mortos
em decorrência de intervenção policial, entre 2017
e 2018, 75,4% eram pessoas negras - apesar desse
grupo (que reúne as categorias de pretos e pardos,
utilizadas pelo IBGE) representar 55% da população.
O dado está presente no Anuário do Fórum Brasileiro
de Segurança Pública 2019, divulgado em setembro.
Brancos representam 44,2%, mas foram 24,4% das
vítimas da letalidade policial. Ao mesmo tempo, negros
são a maioria dos mortos por covid-19 no país. Dados
do boletim epidemiológico divulgado pelo Ministério
da Saúde do último dia 18, obtidos pelo UOL, mostram
que 54,8% dos óbitos registrados são de negros.
Brancos ainda são maioria entre os hospitalizados
(51,4%), mas minoria entre os mortos (43,1%). A
questão não é genética, mas de falta de saneamento
básico, insegurança alimentar, dificuldade de acesso
à assistência médica, o que torna essa população
mais vulnerável. A pobreza tem cor. Em São Paulo,
no Rio, em todo o país. A pandemia, ao demonstrar
letalidade maior entre os mais pobres, torna-se aliada
da estatística policial no Rio de Janeiro.
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kevinejoao:
amigo,Não entendi
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