Filosofia, perguntado por hotdogivan, 11 meses atrás


AJUDA!!!
John Rawls (1921-2002), filósofo americano, dedicou toda a sua vida a pensar na justiça, na equidade e na desigualdade. Partindo de sua experiência na cidade onde cresceu (Baltimore), com uma grande segregação racial, como também no exército dos Estados Unidos, Rawls dedicou-se a buscar a estrutura de princípios morais onde fosse possível fazer julgamentos morais individuais. Entende o filósofo, que princípios morais gerais só podem ser justificados pelo uso de procedimentos aceitos na busca de soluções, seriam esses procedimentos, a chave para a democracia. Assim, o processo de debate e deliberação antes da eleição é o que dá a democracia o seu verdadeiro valor, e não o próprio voto. Para Rawls, a justiça e a primeira virtude das instituições sociais. A solução para uma sociedade promissora é um contrato social justo entre o Estado e os indivíduos. Este contrato social para ser justo precisa que as necessidades de todos os indivíduos envolvidos sejam tratadas igualmente. Para assegurar tratamento igual, as instituições sociais devem ser justas: devem ser acessíveis a todos e redistribuir onde for necessário, assim apenas instituições justas podem produzir uma sociedade promissora. Na visão de Rawls, para que haja justiça, ela precisa ser considerada justa de acordo com alguns princípios de igualdade. Na sua teoria da justiça como equidade o filósofo apresenta dois princípios de justiça fundamentais: a liberdade e a igualdade.
No primeiro princípio – o da liberdade - todas as pessoas têm as mesmas demandas para liberdades básicas. O segundo – o da igualdade - as desigualdades sociais e econômicas devem ser ordenadas de tal modo que sejam ao mesmo tempo consideradas como vantajosas para todos dentro dos limites do razoável (princípio da diferença), e vinculadas a posições e cargos acessíveis a todos (princípio da igualdade de oportunidades). Para ele o primeiro princípio é mais importante, visto que, conforme melhoram as condições econômicas, pelo avanço da civilização, as questões da liberdade se tornam mais significativas. O filósofo imaginou uma situação hipotética onde se decidiria a estrutura de uma sociedade ideal sem que nenhum de seus envolvidos conhecesse seu papel nessa sociedade, ou seja, sua doutrina pessoal, posição social, orientação sexual e etc. Por trás do “véu da ignorância”, para o filósofo, é preciso um contrato social para ajudar os membros mais fracos da sociedade, já que todos temem ficar pobres e se empenham em construir instituições sociais para se protegerem. É possível que as diferenças na sociedade ainda continuem, segundo ele, mas um princípio equânime de justiça ofereceria o maior benefício para os membros menos favorecidos da sociedade. Rawls pretende com a justiça como equidade falar de uma noção razoável de justiça, que nos permita mediar a convivência política através do contrato (fazendo acordos mútuos entre as pessoas em iguais condições). Na justiça como equidade o conceito do certo vem antes do conceito de bom.
A sociedade é, para Rawls uma associação de pessoas que reconhecem carácter vinculativo a um determinado conjunto de regras e atuam de acordo com elas. Essas normas existem para cimentar um sistema de cooperação entre todos para benefício de todos. Por isso, numa sociedade existe uma certa identidade de interesses, pois todos têm a ganhar com a cooperação: vivem melhor em sociedade do que viveriam isolados. No entanto, também existe conflito de interesses, pois “os sujeitos não são indiferentes à forma como são distribuídos os benefícios acrescidos que resultam da sua colaboração, já que, para prosseguirem os seus objetivos, todos preferem receber uma parte maior dos mesmos”. Para resolver este conflito são necessários princípios ou regras que nos ajudem a escolher qual será a melhor forma de organizar a sociedade, isto é, a melhor forma de repartir esses benefícios. Desta forma, o papel da justiça na sociedade não se resume à reposição das irregularidades e aos castigos aos criminosos. A função da justiça é mais profunda: é a de definir a atribuição de direitos e deveres e a de distribuir os encargos e os benefícios da cooperação social. A teoria da justiça como equidade baseia-se em dois princípios de justiça fundamentais, mas antes de os enunciar, vamos analisar o argumento contratualista que Rawls encontrou para lhes dar legitimidade (racional e ética). Imaginemos que podemos escolher a estrutura sócio-política que organiza a nossa sociedade (“estrutura básica”). Rawls convida-nos a pensar no seguinte: “Se fosse possível escolher as regras que determinam a organização da sociedade, quais seriam as regras que eu escolheria? ” A esta situação inicial imaginária Rawls chamou “Posição Original”.
I

1 – A teoria de Rawls se propõe a responder/resolver qual problema? E porquê?

Soluções para a tarefa

Respondido por RainhaDaLerdesa
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Resposta:

O principio (1) consiste, basicamente, da atribuição dos direitos e deveres fundamentais ser igual para cada um. Ou seja, a sociedade deve assegurar a liberdade máxima para cada indivíduo e que seja compatível com a liberdade de todos os demais. ... Rawls sugere que tais princípios devem seguir uma ordem serial.

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