Ajuda aqui só essa:
Mais de 37 mil soldados brasileiros participaram da missão de paz no Haiti. Por que em países pobres como o Haiti, em constante conflito, precisam de ajuda das tropas da ONU? Pesquise o período e a causa dessa missão de paz, faça um resumo dessa questão.
Soluções para a tarefa
Resposta:
O Brasil é um dos membros fundadores da Organização das Nações Unidas (ONU) e é conhecido por defender a solução pacífica de conflitos. Seguindo tal princípio, integrar as Missões de Paz da ONU é natural, já que tais operações colocam em prática mecanismos de manutenção e restauração da paz e concordam com o artigo 4º da Constituição Federal. Nessa parte do documento são estabelecidas as diretrizes das relações internacionais brasileiras, o que inclui a defesa da paz, a cooperação entre os povos objetivando o progresso e a já mencionada solução pacífica de conflitos.
O Brasil esteve presente na primeira Missão de Paz da ONU – a Força de Emergência das Nações Unidas (UNEF-1), que em 1948 monitorou a assinatura do Acordo de Armistício entre Israel e seus vizinhos árabes – e desde então participou em mais de 50 dessas operações. O Itamaraty, nosso Ministério das Relações Exteriores, afirma que o Brasil prioriza a participação em operações realizadas “em países com os quais mantemos laços históricos e culturais mais próximos”. Nessa afirmação encaixa-se a Missão de Paz no Haiti – ou MINUSTAH –, que tem importância especial.
O Haiti é um Estado caribenho, que foi a principal colônia francesa das Américas. O país tem uma história importante, mas constantemente ignorada. No Haiti, a libertação dos escravos ocorreu em 1789 – o que só aconteceu no Brasil em 1888 – e a independência foi conquistada em 1804, ao fim da Revolução Haitiana, iniciada em 1791. Após se tornar a primeira república negra das Américas, o país foi obrigado a pagar uma alta indenização à França, que não ficou contente ao perder sua lucrativa colônia. Além disso, o Haiti sofreu com uma ocupação por parte dos Estados Unidos, que durou de 1915 a 1934. Segundo o então presidente dos EUA, Woodrow Wilson, a intervenção objetivava proteger interesses estadunidenses e estrangeiros no local.
Tais fatores têm grande peso sobre a atual miséria política e econômica da nação. O país tem o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) mais baixo das Américas – em 2014 era 0,48 – e o 163º mais baixo no mundo, dentre um total de 186 Estados. No contexto político, o Haiti sofreu com a ditadura de François Duvalier e, posteriormente, de seu filho entre 1957 e 1986. Entretanto, o fim da ditadura não significou o início de uma democracia, já que os militares assumiram o poder e a instabilidade continuou, levando até mesmo a ONU a impor sanções econômicas sobre o Haiti. Em 1990, eleições foram realizadas e o padre Jean-Bertrand Aristide tornou-se presidente. Aristide renunciou ao cargo em 2004, pressionado por protestos populares que deixaram o Estado haitiano à beira de uma guerra civil, já que grupos pró e contra o então presidente enfrentavam-se violentamente. Com a saída de Aristide, o presidente da Suprema Corte do Haiti – Bonifácio Alexandre – assumiu a presidência e solicitou ajuda da ONU.
Explicação: Tenho certeza