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A história do médico húngaro que descobriu a importância de lavar as mãos
Maria Clara
Quantas vezes você lava as mãos ao dia? Realizamos esse
simples ato sempre que necessário, inúmeras vezes desde que
levantamos até antes de deitar. A sociedade nunca teve padrões de
higiene tão altos quanto hoje. No século XIX, ao contrário, germes,
bactérias e cheiros não muito agradáveis eram comuns até em
hospitais, e um médico chegou a ser chamado de louco e internado em
um manicômio por insistir que seus colegas de profissão lavassem as
mãos.
Para entender essa história precisamos viajar até a Áustria de
1840. No Hospital Geral de Viena, o médico húngaro Ignaz Semmelweis
percebeu que a taxa de mortalidade de mulheres grávidas era muito alta
na maternidade, e não entendia como isso era possível. O diagnóstico
médico da época dizia que a causa das mortes era a febre puerperal,
uma infecção pós-parto causada por bactérias, mas ninguém sabia
como ela se desenvolvia em mulheres que até então eram saudáveis.
O setor de maternidade do Hospital Geral de Viena era dividido em
duas áreas. Uma era atendida por estudantes de medicina e a outra por
parteiras. O húngaro Semmelweis então percebeu que a sala dos
médicos registrava uma taxa de mortalidade três vezes maior do que o
local supervisionado pelas parteiras, e resolveu investigar por que isso
ocorria. [...].
Após muitas observações, o médico percebeu que as autópsias
eram realizadas no mesmo local dos partos, e os médicos não lavavam
as mãos entre um trabalho e outro. Como não existiam luvas ou outros
equipamentos de proteção, o húngaro instalou uma bacia com uma
solução de cal e cloro no hospital, e pediu para que seus colegas
esfregassem as mãos antes e depois de um trabalho. Em abril de 1847,
por exemplo, o índice de morte na maternidade era de 18,3%. Um mês
depois, o índice caiu para 2%.
Com sua teoria confirmada, Semmelweis recebeu o apelido de
"Salvador das Mães", mas seus colegas de trabalho não gostaram da
ideia. Após escrever um livro sobre o assunto e receber várias críticas
negativas sobre seus métodos de higiene, o contrato do médico com o
hospital não foi renovado, e o húngaro foi trabalhar na enfermaria
obstétrica do pequeno Hospital Szent Rókus, em Budapeste, no seu
país natal.
Mesmo em sua terra, as teorias não foram bem aceitas, o médico
passou e ser excluído por outros profissionais e começou a sofrer de
depressão severa. Com um comportamento irregular, certa vez foi
convidado a visitar um novo instituto médico, mas sua ida ao local foi a
forma encontrada por seus colegas para interná-lo num manicômio. [...]
perguntas
perguntas
1- A que se referem
os termos destacados
no segundo
parágrafo?
2 – Que relações são
estabelecidas pelos
termos destacados
no quinto parágrafo?
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Resposta:
No início do texto o autor faz um contato direto com o leitor quando dirige uma pergunta a este. "Quantas vezes VOCÊ lava as mãos ao dia?". O você deixa bem explícito esse diálogo com o leitor.
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