Ainda que eu falasse a língua dos homens
e falasse a língua dos anjos, sem amor eu nada seria.
É só o amor, é só o amor;
Que conhece o que é verdade;
O amor é bom, não quer o mal;
Não sente inveja ou se envaidece.
O amor é o fogo que arde sem se ver;
É ferida que dói e não se sente;
É um contentamento descontente;
É dor que desatina sem doer.
Ainda que eu falasse a língua dos homens
e falasse a língua dos anjos, sem amor eu nada seria.
É um não querer mais que bem querer;
É solitário andar por entre a gente;
É um não contentar-se de contente;
É cuidar que se ganha em se perder;
É um estar-se preso por vontade;
É servir a quem vence, o vencedor;
É um ter com quem nos mata a lealdade;
Tão contrário a si é o mesmo amor.
Estou acordado e todos dormem todos dormem, todos dormem;
Agora vejo em parte, mas então veremos face a face.
É só o amor, é só o amor;
Que conhece o que é verdade.
Ainda que eu falasse a língua dos homens
e falasse a língua dos anjos, sem amor eu nada seria.
(Monte Castelo, Renato Russo. Do álbum As quatro estações, Legião Urbana)
Analisando a letra da música Monte Castelo, pode-se afirmar que a figura de linguagem predominante é:
Antítese.
Prosopopeia.
Paradoxo.
Metonímia.
Hipérbole.
Soluções para a tarefa
Ainda que eu falasse a língua dos homens
e falasse a língua dos anjos, sem amor eu nada seria.
É só o amor, é só o amor;
Que conhece o que é verdade;
O AMOR E BOM NAO QUER O MAL ---> ANTÍTESE
Não sente inveja ou se envaidece.--> ANINISMO
O amor é o fogo que arde sem se ver;
É ferida que dói e não se sente;
É um contentamento descontente
É dor que desatina sem doer.--> nesta intertextualizacao com o poema de CAMOES temos PARADOXO ou oximoro
---->Ainda que eu falasse a língua dos homens
e falasse a língua dos anjos, sem amor eu nada seria.<----METONÍMIA
É um não querer mais que bem querer;
É solitário andar por entre a gente;
É um não contentar-se de contente;
É cuidar que se ganha em se perder;--> ANTITESE ( aproximacao de ideias)
---> É um estar-se preso por vontade;<---PARADOXO
É servir a quem vence, o vencedor;
É um ter com quem nos mata a lealdade;
Tão contrário a si é o mesmo amor.
--> Estou acordado e todos dormem todos dormem, todos dormem;<--Antitese
Agora vejo em parte, mas então veremos face a face.
---> É só o amor, é só o amor;
Que conhece o que é verdade.<--- METONIMIA
Ainda que eu falasse a língua dos homens.........
A figura de linguagem predominante é:
Paradoxo.
Explicação:
Boa parte da letra de "Monte Castelo", de Renato Russo, reproduz um famoso soneto de Camões que fala das contradições do amor.
Paradoxo é uma figura de linguagem que consiste em juntar ideias contraditórias entre si num mesmo contexto. Não há lógica no que é expresso. O enunciado expressa algo ilógico ou impossível. Geralmente, há uso de termos e expressões opostos.
A maior parte da letra é formada por paradoxos:
- como pode não ver um fogo que arde?
- não se sentir uma ferida que dói?
- ter um contentamento descontente?
- ter uma dor que não dói?
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