agostinho de hipona (354-430) d. c. procurando resposta para questao do bem e do mal aproximou-se da filosofia
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Agostinho de Hipona (354-430) ou Santo Agostinho, foi o último dos Padres da Idade de Ouro da Patrística. Para ele, o grande problema do homem é a busca de felicidade, a qual consiste na plena posse e gozo do amor, da sabedoria, da verdade ou verdadeira felicidade, que se encontra em Deus.
Para tal, Agostinho desenvolve sua doutrina moral centrada nas regras da ordem e do amor ou amor ordenado, baseada no principio cristão da "divina ordem", que por vontade humana é exercida através da razão por ato livre.
O fim da moralidade é a reta manutenção desta ordem, que se identifica com a "vontade divina", ao passo que o mal , a desordem, consiste na transgressão culposa da ordem.
Partindo do pressuposto que toda natureza é boa, visto ter sido criada por Deus, Agostinho abandona a teoria maniqueísta, que buscava uma causa material para a origem do mal e afirma que a matéria não pode ser causa do mal. O problema é o valor que a vontade humana atribui as coisas criadas.
Dentro dessa lógica, o mal é resultado da vontade livre que, afastando-se do bem, toma-se má. Isso acontece quando o homem, desrespeitando a ordem natural dos seres, prefere as coisas inferiores às superiores. Agostinho defende que, na ordem dos valores, não devemos antepor as coisas superiores às inferiores, mas dar a cada um o que é seu.
Assim Agostinho transforma o problema do mal em um problema moral. O pecado, por sua vez, não faz parte da essência do livre arbítrio, é antes urna ausência de ser, uma falta de essência, um erro da vontade que não possui essência a ser definida. O mal tem sua origem no amor desordenado.
Bons estudos!