Português, perguntado por lubaiemello75, 8 meses atrás

Agora vamos ver o efeito provocado pelo uso do diálogo no texto. Reescreva o trecho da crônica "a cadeira do dentista", com base na frase" o dentista surgiu com aquele ar triunfal de quem jamais teve cárie" até o fim, sem usar diálogo e veja oque acontece.

Soluções para a tarefa

Respondido por nilidis
141

Olá, tudo bem?

o exercício é produção de texto

A cadeira do dentista

O dentista surgiu com aquele ar triunfal de quem jamais teve cárie. Ah! Como adoraria vê-lo sentado na própria cadeira extraindo um siso incluso! Mal me acomodei e ele já estava curvado sobre a cadeira, empunhando dois miseráveis ferrinhos, louco para entrar em ação. Nem uma palavra de estímulo ou reconforto. Foi logo ordenando que eu abrisse a boca. Tentei, mas a boca não obedeceu aos meus comandos.  ele disse-me que não iria doer nada e eu retruquei dizendo que todos dizem a mesma coisa e que não acreditava neles.

Ele insistiu para que eu abrisse a boca e eu abri a boca. Numa cadeira de dentista sinto-me tão frágil quanto um recruta diante do sargento do batalhão.  Ele enfiou um monte de coisas na minha boca e tocou o dente com um gancho, perguntando se estava doendo. Como eu poderia responder com tudo aquilo na minha boca ?

Os dentistas são tipos curiosos. Enchem a boca da gente de algodão, plástico, secadores, ferros e depois desandam a fazer perguntas. Não sou daqueles que conseguem responder apenas movendo a cabeça. Para mim, a dor tem nuances, gradações que vão além dos limites de um sim-não.

Disse-me ele que a anestesia iria impedir a dor e eu lhe disse que iria impedir a anestesia segurando firme o seu pulso.Ele fez pressão para alcançar minha pobre gengiva. Permaneci segurando seu pulso. Ele apoiou o joelho no meu baixo ventre. Continuei resistindo, em posição defensiva. Ele subiu em cima de mim. Miserável! Gemi quase sem forças. Ele afastou a mão que agarrava seu pulso e desceu com a seringa. Lembrei-me de Indiana Jones e, num gesto rápido, desviei a cabeça. A agulha penetrou a poltrona. Peguei o esguichador de água e lancei-lhe um jato no rosto. Ele voltou com a seringa.  Gritei-lhe que não pensasse que iria me anestesiar como anestesiava qualquer um e dei-lhe um tapa na mão.

A seringa voou longe e escorregou pelo assoalho. Corremos os dois pra alcançá-la, caímos no chão, embolados, esticando os braços para ver quem pegava a seringa. Tapei-lhe o rosto com meu babador e cheguei antes. A situação se invertera: eu estava por cima.  Rangendo os dentes vociferei que agora era eu quem dava as ordens e mandei-lhe abri a boca ao que ele retornou dizendo que não havia nada de errado com seus dentes. Senti-me seguro e lhe disse que a mim ele não enganava, que todo mundo tem problemas dentários, porque somente ele ficaria de fora? insisti que abrisse a boca. Ele a abriu para falar que não, por favor, que morria de medo de anestesia.

Era o que eu suspeitava. É fácil ser corajoso com a boca dos outros. Quero ver continuar dentista é na hora de abrir a própria boca. Levantei-me, joguei a seringa para o lado e disse-lhe, cheio de desprezo que ele não passava de um paciente.

Saiba mais sobre produção de texto:

https://brainly.com.br/tarefa/25892970

Sucesso nos estudos!!!

Anexos:

gustavosoliveira0604: cade o resumo???
cleytinho16: eu pensando que iria encontrar a resposta
nilidis: a resposta é passar tudo para o discurso indireto
matheuskyfler: ea resposta
nilidis: passar todo o texto para o discurso indireto
DarkQueen7: more não dá pra escrever esse texto enorme em 4 linhas
dionemcunha: verdade
dionemcunha: e era só escrever um trechinho e tirar o diálogo
dionemcunha: uma coisa que a gente tem preguiça e ela muito inteligente não pode fazer isso por nós
Respondido por sorrisinho6
11

Resposta:

O dentista surgiu com aquele ar triunfal de quem jamais teve cárie. Ah! Como adoraria vê-lo sentado na própria cadeira extraindo um siso incluso! Mal me acomodei e ele já estava curvado sobre a cadeira, empunhando dois miseráveis ferrinhos, louco para entrar em ação. Nem uma palavra de estímulo ou reconforto. Foi logo ordenando que eu abrisse a boca. Tentei, mas a boca não obedeceu aos meus comandos.  ele disse-me que não iria doer nada e eu retruquei dizendo que todos dizem a mesma coisa e que não acreditava neles.

Ele insistiu para que eu abrisse a boca e eu abri a boca. Numa cadeira de dentista sinto-me tão frágil quanto um recruta diante do sargento do batalhão.  Ele enfiou um monte de coisas na minha boca e tocou o dente com um gancho, perguntando se estava doendo. Como eu poderia responder com tudo aquilo na minha boca ?

Os dentistas são tipos curiosos. Enchem a boca da gente de algodão, plástico, secadores, ferros e depois desandam a fazer perguntas. Não sou daqueles que conseguem responder apenas movendo a cabeça. Para mim, a dor tem nuances, gradações que vão além dos limites de um sim-não.

Disse-me ele que a anestesia iria impedir a dor e eu lhe disse que iria impedir a anestesia segurando firme o seu pulso.Ele fez pressão para alcançar minha pobre gengiva. Permaneci segurando seu pulso. Ele apoiou o joelho no meu baixo ventre. Continuei resistindo, em posição defensiva. Ele subiu em cima de mim. Miserável! Gemi quase sem forças. Ele afastou a mão que agarrava seu pulso e desceu com a seringa. Lembrei-me de Indiana Jones e, num gesto rápido, desviei a cabeça. A agulha penetrou a poltrona. Peguei o esguichador de água e lancei-lhe um jato no rosto. Ele voltou com a seringa.  Gritei-lhe que não pensasse que iria me anestesiar como anestesiava qualquer um e dei-lhe um tapa na mão.

A seringa voou longe e escorregou pelo assoalho. Corremos os dois pra alcançá-la, caímos no chão, embolados, esticando os braços para ver quem pegava a seringa. Tapei-lhe o rosto com meu babador e cheguei antes. A situação se invertera: eu estava por cima.  Rangendo os dentes vociferei que agora era eu quem dava as ordens e mandei-lhe abri a boca ao que ele retornou dizendo que não havia nada de errado com seus dentes. Senti-me seguro e lhe disse que a mim ele não enganava, que todo mundo tem problemas dentários, porque somente ele ficaria de fora? insisti que abrisse a boca. Ele a abriu para falar que não, por favor, que morria de medo de anestesia.

Era o que eu suspeitava. É fácil ser corajoso com a boca dos outros. Quero ver continuar dentista é na hora de abrir a própria boca. Levantei-me, joguei a seringa para o lado e disse-lhe, cheio de desprezo que ele não passava de um paciente.

Explicação:

È essa a resposta mesmo??

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