Agora que você já leu o poema de Mel Duarte, vamos responder às questões?
1 - O poema é um gênero textual que se constrói não apenas com ideias e sentimento, mas também por
meio do emprego do verso e de seus recursos musicais - a sonoridade e o ritmo das palavras - de
palavras com sentido conotativo.
a) No poema lido, qual é a temática abordada? Que tipo de relação há entre o eu lirico e o assunto
tratado?
Soluções para a tarefa
Resposta:
SEMANA-3
1- a-O Tema seria sobre "contra o racismo a mulheres negras" o eu lírico e o texto são idênticos pela autora fazer com que o eu lírico da a voz poetica ou seja,a voz que expressa emoções,sentimentos no texto
Explicação:
espero ter ajudado!!!
O poema da questão é o "Minha condição" de Mel Duarte.
A temática abordada são os motivos do eu lírico escrever aquelas palavras. O eu lírico expressa os diversos motivos daqueles versos, demonstrando que utiliza as palavras para alcançar as pessoas e a ele mesmo, pois assim consegue acessar seu interior, sua sobrevivência e sua saúde.
Poema "Minha condição"
É um poema de Mel Duarte (1988) que utiliza temas de vivência das mulheres negras do Brasil. Escreve desde 2006.
Já foi destaque no sarau da FLIP (Festa Literária Internacional de Paraty), abrindo do festival de 2016.
É considerada uma das autoras da nova literatura negra brasileira.
Em sua poesia se observa tanto a denúncia sobre o estado de coisas como também cobra a atitude para perseverar na própria vida.
Para mais informações sobre literatura negra, acesse:
https://brainly.com.br/tarefa/1313699
Minha condição
Mel Duarte
"Eu não escrevo pra incendiar casas
mas pra ascender faíscas aos olhos de quem me lê
não escrevo pra matar a fome de multidões
mas espero que minhas palavras preencham um vazio que te ajude a se manter de pé
não escrevo pra governar um povo
eu ouço o que ele diz e utilizo minha voz para propagar sua mensagem
não escrevo pra obter a sua aprovação
mas pra registrar minha trajetória e de tantas mulheres negras que já foram silenciadas.
Eu escrevo pra acessar lugares em mim que são invisíveis aos olhos
pra expurgar pensamentos que não me deixam dormir
escrevo, pois, cada palavra é um atestado da minha condição poeta
e sendo poeta, ainda miúda que sou
escrevo porque a palavra é o que me resta
Num mundo conduzido por falsos profetas
nessa briga de egos e dialética
me apego num sopro de esperança
que me permite o papel e a caneta
Escrevo pra sobreviver
e sobrevivendo eu luto
escrevo se adoeço
e escrevendo me curo
E você? Pra quê escreve?
E pra onde você escorre,
quando esse mar palavra transborda?"