Afinal oque é ser brasileiro?
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O QUE É SER BRASILEIRO?
Tento responder esta pergunta desde que me dou por gente. Será que meu país é esse monte de bagunça, a famosa esculhambação? Ou será o país sério dos produtivos e dos éticos? Ainda somos Jeca Tatu? Ou já nos transformamos em algum modelo copiado do exterior? Quando teremos vida própria?
Estas perguntas me assombram, como espíritos que arrastam correntes. Não sei respondê-las de bate pronto. Com alguns brasileiros, muitos aliás, eu descobri que praia e coqueiro são exóticos. Pode ser que seja exótico para qualquer europeu, mas para mim não é. Exótico é ver neve, é montanha com neve etérna e coisas desse tipo, jamais um pedaço de areia a menos de uma hora da minha casa.
Nossa história é das mais ricas e cheia de contradições. Não é para menos. Fomos colonizados, invadidos, ocupados e desocupados. Muitos de nós permanecem assim até hoje, mas felizmente esse não é o padrão. O padrão do povo do meu país é de trabalho duro, muitas das vezes mal remunerado e geralmente acompanhado de algum tipo de jornada dupla. Ou trabalha e cuida da casa, ou trabalha e estuda e ou tem dois empregos.
A geografia do nosso país de dimensões continentais é exuberante e variada. Temos todo tipo de clima, solo e vegetação. Comida não deveria faltar. A cultura é riquíssima com detalhes regionais merecedores de atenção. O mundo inteiro olha para nós com inveja, aquela inveja de quem no seu inconsciente se pergunta: como um país tão espoliado por 400 anos consegue ainda ser assim, digamos alegre e produtivo? Aonde está o segredo? Não tem segredo nenhum, a única coisa que tem é a falta de identidade. Ainda amargamos as conseqüências das políticas nefastas dos últimos 500 anos. Políticas feitas por poucos em seu próprio proveito. Uma herança maldita dos tempos lusos.
Basicamente temos nossa origem cultural predominantemente européia, mais específicamente Ibérica, mas com a chegada de milhares de africanos e, posteriormente, dos orientais nos transformamos em algo singular, mundialmente falando. Tudo se amalgamou por aqui. Aqui tem de tudo e mais um pouco. Somos o resumo do que mais tarde se convencionou chamar de globalização. Somos a fórmula que deu certo, mas com um atraso imenso em relação ao modelo que se aceita mundialmente como sendo aquele a ser perseguido.
É ai que tenho minhas dúvidas. Porque devemos seguir algum modelo feito por outros em outras terras, para outra gente. Sabemos que o fenômeno da globalização é irreversível, já pelo aumento impressionante das comunicações e sua instantâneidade, mas sabemos que este modelo não nos serve. Nós temos problemas só nossos e que devem ser pensados e resolvidos por nós. Como sou otimista por defeito de fabricação, indelévelmente otimista, acredito em dias melhores. Afinal nossa constituição já tem seus dezenove anos e a democracia parece ter deitado raízes profundas entre nós. É só questão de aperfeiçoar o modelo com ajustes aqui e acolá. O que nos falta mais, parece ser um pouco mais de seriedade no trato das questões relativas à educação, principalmente no ensino básico.
As notícias que venho lendo são as mais desalentadoras possíveis, neste sentido. Regredimos 50 anos nestes últimos vinte e cinco. E eu encerro, certo de que a pergunta continua valendo
Tento responder esta pergunta desde que me dou por gente. Será que meu país é esse monte de bagunça, a famosa esculhambação? Ou será o país sério dos produtivos e dos éticos? Ainda somos Jeca Tatu? Ou já nos transformamos em algum modelo copiado do exterior? Quando teremos vida própria?
Estas perguntas me assombram, como espíritos que arrastam correntes. Não sei respondê-las de bate pronto. Com alguns brasileiros, muitos aliás, eu descobri que praia e coqueiro são exóticos. Pode ser que seja exótico para qualquer europeu, mas para mim não é. Exótico é ver neve, é montanha com neve etérna e coisas desse tipo, jamais um pedaço de areia a menos de uma hora da minha casa.
Nossa história é das mais ricas e cheia de contradições. Não é para menos. Fomos colonizados, invadidos, ocupados e desocupados. Muitos de nós permanecem assim até hoje, mas felizmente esse não é o padrão. O padrão do povo do meu país é de trabalho duro, muitas das vezes mal remunerado e geralmente acompanhado de algum tipo de jornada dupla. Ou trabalha e cuida da casa, ou trabalha e estuda e ou tem dois empregos.
A geografia do nosso país de dimensões continentais é exuberante e variada. Temos todo tipo de clima, solo e vegetação. Comida não deveria faltar. A cultura é riquíssima com detalhes regionais merecedores de atenção. O mundo inteiro olha para nós com inveja, aquela inveja de quem no seu inconsciente se pergunta: como um país tão espoliado por 400 anos consegue ainda ser assim, digamos alegre e produtivo? Aonde está o segredo? Não tem segredo nenhum, a única coisa que tem é a falta de identidade. Ainda amargamos as conseqüências das políticas nefastas dos últimos 500 anos. Políticas feitas por poucos em seu próprio proveito. Uma herança maldita dos tempos lusos.
Basicamente temos nossa origem cultural predominantemente européia, mais específicamente Ibérica, mas com a chegada de milhares de africanos e, posteriormente, dos orientais nos transformamos em algo singular, mundialmente falando. Tudo se amalgamou por aqui. Aqui tem de tudo e mais um pouco. Somos o resumo do que mais tarde se convencionou chamar de globalização. Somos a fórmula que deu certo, mas com um atraso imenso em relação ao modelo que se aceita mundialmente como sendo aquele a ser perseguido.
É ai que tenho minhas dúvidas. Porque devemos seguir algum modelo feito por outros em outras terras, para outra gente. Sabemos que o fenômeno da globalização é irreversível, já pelo aumento impressionante das comunicações e sua instantâneidade, mas sabemos que este modelo não nos serve. Nós temos problemas só nossos e que devem ser pensados e resolvidos por nós. Como sou otimista por defeito de fabricação, indelévelmente otimista, acredito em dias melhores. Afinal nossa constituição já tem seus dezenove anos e a democracia parece ter deitado raízes profundas entre nós. É só questão de aperfeiçoar o modelo com ajustes aqui e acolá. O que nos falta mais, parece ser um pouco mais de seriedade no trato das questões relativas à educação, principalmente no ensino básico.
As notícias que venho lendo são as mais desalentadoras possíveis, neste sentido. Regredimos 50 anos nestes últimos vinte e cinco. E eu encerro, certo de que a pergunta continua valendo
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Ser brasileiro é nascer no Brasil ou pelo menos morar e ter conhecimentos sobre a língua e a ideologia do Brasil.
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