(Adaptado ENADE- 2021) O Projeto jovens e a história no Mercosul dedicou-se em investigar o que pensavam os jovens brasileiros, uruguaios e argentinos sobre a história recente de seus respectivos países. No estudo, os pesquisadores levantaram informações as quais apontavam que, para os jovens brasileiros, a ditadura teria pontos positivos e negativos. Já os jovens uruguaios e argentinos consideraram negativas qualquer coisa que remetesse às ditaduras. Em suas análises, os pesquisadores revelaram a preocupação com a flexibilidade de críticas em relação à ditadura no Brasil entre os estudantes que participaram da pesquisa e salientam a importância de um ensino-aprendizagem que estimule o debate e a crítica com as próximas gerações.
DUARTE, G. R.; CERRI, L. F. Politização e consciência histórica em jovens brasileiros, argentinos e uruguaios. Revista Diálogos, Maringá, v. 16, 2012. p. 248.
Com relação à pesquisa acima mencionada, bem como as recentes práticas em relação à memória em períodos de ditadura, assinale a opção correta:
Alternativas
Alternativa 1:
O movimento Mães da Praça de Maio surgiu no fim da ditadura militar no Brasil e denunciava as atrocidades cometidas pelo regime, contribuindo para torná-lo impopular, daí essa percepção dos jovens brasileiros ouvidos na pesquisa em tela.
Alternativa 2:
Mesmo reconhecendo que os estudantes da Argentina e do Uruguai abominavam qualquer coisa que remetesse à ditadura, os historiadores afirmam que isso se deve ao fato desses mesmos estudantes apoiarem golpes em sistemas democráticos.
Alternativa 3:
Atualmente a justiça de transição no Brasil, bem como o direito à memória, promovem uma forma de lidar com um passado traumático, um conjunto de atrocidades ao qual não se almeja regressar, incentivando, com isso, um presente e futuro que sejam diferentes.
Alternativa 4:
A discrepância de opiniões apresentadas na pesquisa deve-se ao fato de que as diferenças entre a ditadura argentina com os vários golpes militares pelos quais passou o Brasil enfatizam que esse processo foi mais intenso e violento no Brasil do que na Argentina.
Alternativa 5:
Pelos dados apresentados no gráfico, pode-se observar que todos os alunos que participaram da pesquisa dos três países envolvidos (Brasil, Argentina e Uruguai) foram unânimes em concordar que as ditaduras mantiveram a ordem social e promoveram o desenvolvimento econômico.
Soluções para a tarefa
Resposta:
(C) Alternativa 3:
Atualmente a justiça de transição no Brasil, bem como o direito à memória, promovem uma forma de lidar com um passado traumático, um conjunto de atrocidades ao qual não se almeja regressar, incentivando, com isso, um presente e futuro que sejam diferentes.
Explicação:
Passados mais de vinte anos do fim das ditaduras que varreram a América Latina nas últimas décadas do século passado, o continente, e o Brasil em particular, defronta-se com uma memória coletiva fragmentária e incompleta, cujo enfrentamento ainda não se deu de
forma pública e transparente. Os embates ocorridos nesses países, tendo como protagonistas, de um lado, opositores que agiam à margem da lei tacanha então vigente, e, de outro, regimes autoritários, degeneraram em cruéis e sistemáticas violações dos direitos humanos.
A prática recente de trazer a memória períodos antigos promove uma forma de lidar com o passado traumático de um jeito mais humanizado, almejando um futuro com garantias e direitos estabelecidos. Dessa forma, a resposta é a alternativa 3.
Os jovens e a história do Brasil
Os jovens brasileiros sempre foram bastante reprimidos em seus conceitos e pensamentos. Contudo nunca deixaram de lutar, como por exemplo o movimento dos diretas já, o qual conseguiu depor um presidente. Dessa forma, é importante a promoção e a inclusão dos jovens em diversas áreas sociais.
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