Acordo, vejo tudo tão claro
Há luz, muita luz, barulho
E uma festa no cenário
Estou no mais lindo dos países: o do Meu Aniversário!
Neste país que é meu
Não há espera, dias sem fim
Pisco os olhos e, depressinha
Tenho uma festa para mim
Nada de contar os dias
No maldito calendário
Neste país, todo dia
É dia do meu aniversário
Todo dia é uma festa – e tudo, tudo para mim
É pra mim que nascem o sol, as estrelas e a lua
Nasce uma flor no jardim
Até no mais triste jardim da rua
Pra entrar neste país, não preciso passaporte
É só passar para o outro lado
Dar, no tempo
Um corte!
Ao vento, quero balões
Na mesa, só brigadeiro e pastel
Passem com faixas, aviões
Me saudando, lá no céu
Sobremesa?
Exijo sorvete
De todos os sabores
Presentes?
Tragam-me pilhas e pilhas
Em pacotes de todas as cores
E quando o sol reaparece
É festa outra vez – eu mereço!
Nasço de novo, revivo
Nem eterno recomeço
Desse país, do meu sonho
Foi banido o calendário
Assim, garanto o decreto:
- Todo dia é dia do meu aniversário
SÁ, Eliana. Revista Recreio, São Paulo: Abril, ano 2, n.53, 15 mar.2001.p.26-7
Quantas estrofes e versos tem esse poema?
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Resposta:
8 estrofes e 38 versos
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