Acorda amor
Acorda amor
Eu tive um pesadelo agora
Sonhei que tinha gente lá fora
Batendo no portão, que aflição
Era a dura, numa muito escura viatura
Minha nossa santa criatura
Chame, chame, chame lá
Chame, chame o ladrão, chame o ladrão
Acorda amor
Não é mais pesadelo nada
Tem gente já no vão de escada
Fazendo confusão, que aflição
São os homens
E eu aqui parado de pijama
Eu não gosto de passar vexame
Chame, chame, chame ]Chame o ladrão, chame o ladrão
Se eu demorar uns meses
Convém, às vezes, você sofrer
Mas depois de um ano eu não vindo
Ponha a roupa de domingo
E pode me esquecer
Acorda amor
Que o bicho é brabo e não sossega
Se você corre o bicho pega
Se fica não sei não
Atenção
Não demora
Dia desses chega a sua hora
Não discuta à toa não reclame
Clame, chame lá, chame, chame
Chame o ladrão, chame o ladrão, chame o ladrão
(Não esqueça a escova, o sabonete e o violão)
Chico Buarque de Holanda
O gerúndio, como componente das chamadas orações reduzidas, pode apresentar diferentes valores significativos. A propósito, a leitura atenta do texto acima – em que Chico Buarque também se refere aos momentos de repressão dos anos 60/70 – , permite que identifiquemos o valor semântico estabelecido pela oração com a forma “vindo” (3ª estrofe) como sendo de
Atempo. Bcausa. Cfinalidade. Dconformidade. Econdição.
Soluções para a tarefa
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Letra E.
Pode-se entender “Depois de um ano eu não vindo” como sendo “Se eu não vier depois de um ano”, caracterizando-se, pois, a condição.
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