Aconteceu quando eu cursava a sétima série. Um dia, com pressa porque teria prova na primeira aula, vi que estava sem caneta. Resolvi pegar emprestada uma bela caneta esferográfica que encontrei na mesa da sala. Fui à escola, fiz a prova e, no intervalo, soube que uma amiga da outra sala precisava de uma caneta também porque faria prova na próxima aula. Emprestei a que trouxera para ela. E, claro, no final da última aula ela esqueceu de me devolver. Quando voltei para casa, meu pai estava alucinado à procura daquela esferográfica. Pertencia a um colega seu que tinha lhe emprestado e era de estimação, um presente da mulher do sujeito! Corri até a casa da minha amiga… que havia emprestado a caneta para o irmão levar à aula de inglês! Lá fui eu atrás do garoto na escola de idiomas. Tive que esperar um tempão para pegar a esferográfica de volta. Estava quase anoitecendo quando fui ao escritório em que meu pai trabalhava, para devolver a bendita caneta. Na recepção, fui escrever meu nome no registro de visitas com ela e… não funcionava! Meu pai devolveu ao colega naquela noite a caneta que havia tomado emprestada, mas sem tinta. E descontou o dinheiro, para comprar uma nova carga, da minha mesada!
RIOS, Rosana. O livro das encrencas. São Paulo: Ática, 2004. p. 32.
Essa história envolve várias personagens: Atra (a personagem narradora), o pai dela, uma amiga de escola, o irmão dessa amiga, o dono da caneta…
Entretanto, o leitor conhece os fatos apenas sob o ponto de vista de Atra, que narra os acontecimentos da forma como ela os vivenciou. A linguagem do texto também é apropriada às características da personagem: faixa etária, personalidade, etc.
Mas… e se outra personagem narrasse essa história? O que ficaríamos sabendo? Que fatos ou sentimentos outra personagem consideraria importante narrar? E que marcas de linguagem teria o texto, se fosse narrado por outra personagem?
Seu desafio, nesta atividade, será responder a essas perguntas.
Reescreva essa história, escolhendo outro narrador: o pai de Atra, a amiga a quem emprestou a caneta ou o irmão da amiga.
Atenção:
a) Em seu texto, a personagem principal será o novo narrador ou nova narradora.
b) Como outra personagem narrará a história, o conflito, as complicações e até o desfecho poderão ser outros.
c) A linguagem do texto também pode ser alterada, para expressar a personalidade e a idade do narrador/da narradora.
A primeira versão de seu texto poderá ser concluída em casa. Depois disso, reúna-se com um colega e, juntos, revisem seus textos, assinalando SIM ou NÃO para cada pergunta a seguir. Em seguida, faça as alterações necessárias, a partir dos quesitos em que você e seu colega assinalaram NÃO.
Soluções para a tarefa
Resposta:Aconteceu quando ela cursava a sétima série, com pressa por que ela teria uma prova na primeira aula, a menina percebeu que estava sem caneta. Resolveu pegar emprestada uma bela caneta esferográfica que encontrou na mesa da sala. Foi a sala e fez a prova, e no intervalo soube que uma amiga de outra sala precisava de uma caneta também porque faria prova na próxima aula, emprestou a caneta que ela achou e claro que no final da aula ela esqueceu de devolver. Quando voltou pra casa o pai dela estava desesperado procurando caneta. Parecia que um colega tinha de emprestado e era de estimação ou que era um presente da esposa. Corri até a casa da minha amiga e ela disse que tinha emprestado para o irmão ir a aula de inglês, lá foi ela atrás do garoto na escola de idiomas, Teve que esperar um tempão para pegar a esferográfica de volta. Estava quase anoitecendo quando foi ao escritório em que seu pai trabalhava, para devolver a bendita caneta. Na recepção, foi escrever meu nome no registro de visitas com ela e… não funcionava! seu pai devolveu ao colega naquela noite a caneta que havia tomado emprestada, mas sem tinta. E descontou o dinheiro, para comprar uma nova carga, da mesada dela
quero uns pontinhos a mais hein? eu ganho muito pouco respondendo isso, mas ta ai
Explicação: Esta atividade deve ser realizada depois de corrigida e comentada a primeira tarefa. Peça aos alunos que apresentem breves exemplos orais de outros “estilos”: uma avó, uma criança, um jovem, um professor, um narrador de futebol, um policial… Ou estilos relacionados a suportes – como rádio (assunto da Atividade complementar do Módulo 42) e televisão –; ou a apresentadores/repórteres conhecidos e facilmente reconhecíveis pela turma.
Gabarito Plurall