ENEM, perguntado por milenaluizam2547, 11 meses atrás

Aconteceu mais de uma vez: ele me abandonou. Como todos os outros. O quinto. A gente já estava junto há mais de um ano. Parecia que dessa vez seria para sempre. Mas não: ele desapareceu de repente, sem deixar rastro. Quando me dei conta, fiquei horas ligando sem parar - mas só chamava, chamava, e ninguém atendia. E então fiz o que precisava serfeito: bloqueei a linha.A verdade é que nenhum telefone celular me suporta. Já tentei de todas as marcas e operadoras, apenas para descobrir que eles são todos iguais: na primeira oportunidade, dão no pé. Esse último aproveitou que eu estava distraído e não desceu do táxi junto comigo. Ou será que ele já tinha pulado do meu bolso no momento em que eu embarcava no táxi? Tomara que sim. Depois de fazer o que me fez, quero mais é que ele tenha ido parar na sarjeta. [...] Se ainda fossem embora do jeito que chegaram, tudo bem. [...] Mas já sei o que vou fazer. No caminho da loja de celulares, vou passar numa papelaria. Pensando bem, nenhuma das minhas agendinhas de papel jamais me abandonou.FREIRE, R. Começar de novo. O Estado de S. Paulo, 24 nov. 2006Nesse fragmento, a fim de atrair a atenção do leitore de estabelecer um fio condutor de sentido, o autorutiliza-se deO primeira pessoa do singular para imprimir subjetividade ao relato de mais uma desilusão amorosa.© ironia para tratar da relação com os celulares na era de produtos altamente descartáveis.© frases feitas na apresentação de situações amorosas estereotipadas para construir a ambientação do texto.© quebra de expectativa como estratégia argumentativa para ocultar informações.E verbos no tempo pretérito para enfatizar uma aproximação com os fatos abordados ao longo do texto.

Soluções para a tarefa

Respondido por thaynnaba
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olá!

no caso em questão podemos afirmar que a resposta certa é: frases feitas na apresentação de situações amorosas estereotipadas para construir a ambientação do texto.

isso porque o texto da questão começa falando sobre o que acredita ser uma situação amorosa em que o eu lírico parece ter sido abandonado por um suposto amor.

com o desenrolar do texto percebemos que se trata de um aparelho celular.

espero ter ajudado!

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