Aclamado Bueno,quais foram as consequências?
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A Aclamação de Amador Bueno é tida como um movimento nativista pela historiografia em História do Brasil. Ocorrida em 1641, em São Paulo, foi a primeira manifestação de caráter nativista da Colônia. Em 1640, através de uma guerra de Restauração, Portugal conseguiu se libertar do domínio espanhol. Acontece que, durante o domínio espanhol (União Ibérica), os moradores de São Paulo passam a ter uma fonte de riquezas no contrabando com a região do rio da Prata e no apresamento e venda do índio que eles iam capturar nas «missões jesuíticas localizadas na bacia do Rio Paraná, o que, aliás, provocou muitos choques entre paulistas e jesuítas.
Com a Restauração portuguesa, os comerciantes paulistas temiam que Portugal destruísse essa fonte de riqueza, impedindo o contrabando e proibindo o aprisionamento e a venda do índio, pois o governo Português obtinha altos lucros com o tráfico negreiro. Ao proibir a escravidão indígena, a metrópole estaria forçando os colonos a utilizar mão-de-obra escrava negra. O movimento reduziu-se a uma manifestação dos comerciantes paulistas preocupados com a possibilidade de que seus negócios com Buenos Aires fossem prejudicados. Como forma de protesto, os paulistas resolveram criar em São Paulo um reino independente e aclamaram como rei o fazendeiro Amador Bueno da Ribeira - o mais rico habitante do lugar, capitão-mor e ouvidor, irmão de bandeirantes.
Outros historiadores têm interpretação distinta pois Afonso E. Taunay, in ENSAIOS PAULISTAS diz à página 631: «Quando D. João IV de Bragança assumiu o trono de Portugal em 1640, no ano seguinte Amador foi aclamado rei em São Paulo pelo poderoso partido de influentes e ricos castelhanos, liderados pelos irmãos Rendon de Quevedo, Juan e Francisco Rendón de Quevedo y Luna naturais de Coria, partido ao qual ainda pertenciam D. Francisco de Lemos, da cidade de Orens; D. Gabriel Ponce de León, de Guaira; D. Bartolomeu de Torales, de Vila Rica do Paraguai, D. André de Zunega e seu irmão D. Bartolomeu de Contreras y Torales, D. João de Espíndola e Gusmão, da província do Paraguai, e outros que subscreveram o termo de aclamação, a 1º de abril de 1641. Como os espanhóis não queriam ser súditos de D. João IV, que reputavam vassalo rebelde a seu soberano, resolveram provocar a secessão da região paulista do resto do Brasil, esperando talvez anexá-la às colônias espanholas limítrofes. (...) Oferecem o trono ao sogro, ele próprio filho de espanhol e homem do maior prol em sua república pela inteligência, a fortuna, o passado de bandeirante, o casamento, os cargos ocupados.»
Amador Bueno recusou a "oferta" e jurou fidelidade ao novo rei português. Dias depois, os paulistas também o fizeram. O gesto acabou não tendo conseqüência séria pois São Paulo era uma região marginalizada economicamente e não tinha condições de continuar a luta contra Portugal. O episódio histórico serviu, entretanto, para demonstrar o descontentamento de alguns colonos com a dominação portuguesa.
Não obstante os relatos, o historiador Luís Felipe de Alencastro afirma que a "Aclamação de Amador Bueno" foi uma invenção de um paulista para glorificar os paulistas.
Com a Restauração portuguesa, os comerciantes paulistas temiam que Portugal destruísse essa fonte de riqueza, impedindo o contrabando e proibindo o aprisionamento e a venda do índio, pois o governo Português obtinha altos lucros com o tráfico negreiro. Ao proibir a escravidão indígena, a metrópole estaria forçando os colonos a utilizar mão-de-obra escrava negra. O movimento reduziu-se a uma manifestação dos comerciantes paulistas preocupados com a possibilidade de que seus negócios com Buenos Aires fossem prejudicados. Como forma de protesto, os paulistas resolveram criar em São Paulo um reino independente e aclamaram como rei o fazendeiro Amador Bueno da Ribeira - o mais rico habitante do lugar, capitão-mor e ouvidor, irmão de bandeirantes.
Outros historiadores têm interpretação distinta pois Afonso E. Taunay, in ENSAIOS PAULISTAS diz à página 631: «Quando D. João IV de Bragança assumiu o trono de Portugal em 1640, no ano seguinte Amador foi aclamado rei em São Paulo pelo poderoso partido de influentes e ricos castelhanos, liderados pelos irmãos Rendon de Quevedo, Juan e Francisco Rendón de Quevedo y Luna naturais de Coria, partido ao qual ainda pertenciam D. Francisco de Lemos, da cidade de Orens; D. Gabriel Ponce de León, de Guaira; D. Bartolomeu de Torales, de Vila Rica do Paraguai, D. André de Zunega e seu irmão D. Bartolomeu de Contreras y Torales, D. João de Espíndola e Gusmão, da província do Paraguai, e outros que subscreveram o termo de aclamação, a 1º de abril de 1641. Como os espanhóis não queriam ser súditos de D. João IV, que reputavam vassalo rebelde a seu soberano, resolveram provocar a secessão da região paulista do resto do Brasil, esperando talvez anexá-la às colônias espanholas limítrofes. (...) Oferecem o trono ao sogro, ele próprio filho de espanhol e homem do maior prol em sua república pela inteligência, a fortuna, o passado de bandeirante, o casamento, os cargos ocupados.»
Amador Bueno recusou a "oferta" e jurou fidelidade ao novo rei português. Dias depois, os paulistas também o fizeram. O gesto acabou não tendo conseqüência séria pois São Paulo era uma região marginalizada economicamente e não tinha condições de continuar a luta contra Portugal. O episódio histórico serviu, entretanto, para demonstrar o descontentamento de alguns colonos com a dominação portuguesa.
Não obstante os relatos, o historiador Luís Felipe de Alencastro afirma que a "Aclamação de Amador Bueno" foi uma invenção de um paulista para glorificar os paulistas.
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