“Acho que não pode haver discriminação racial e religiosa de espécie alguma. O direito de um termina quando começa o do outro. Em todas as raças, todas as categorias, existe sempre gente boa e gente má. No caso particular dessa música, não posso julgar, porque nem conheço o Tiririca. Como posso saber se o que passou na cabeça dele era mesmo ofender os negros? Eu, Carmen Mayrink Veiga, não tenho ideia. Mas o que posso dizer é que se os negros acharam que a música é uma ofensa, eles devem estar com toda razão.” (Revista Veja)
Escolha uma:
a. A argumentação, desenvolvida por meio de clichês, subentende um distanciamento entre o eu/enunciador e o ele/negros.
b. Impossível conceber, como desse mesmo enunciador, essa frase: “Sempre trabalhei como uma negra”, publicada semanas antes na mesma revista.
c. A argumentação, partindo de visões inusitadas, mas abalizadas na realidade cotidiana, aponta para a total solidariedade com os negros e oprimidos.
d. A argumentação revela um senso crítico e reflexivo, uma mente que sofre com os preconceitos e, principalmente, com a própria impotência diante deles.
e. O discurso, altamente assumido pelo enunciador, a ponto de autocitar-se sem pejo, ataca rebeldemente a hipocrisia social, que mascara os preconceitos.
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a argumentação, desenvolvida por meio de cliches subentende um distanciamento entre eu/enunciador e o ele/negros
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