Sociologia, perguntado por Marquinhotd2, 9 meses atrás

ABORDAGEM: GLOBALIZAÇÃO E SOCIEDADE E ESPAÇO URBANO: REFLEXÕES E INTERRELAÇÕES COM OS CONTEÚDOS ESTUDADOS OU IDEIAS DOS PENSADORES EM QUESTÃO
 
RAP – Até quando? (Gabriel, o pensador)

Acordo, não tenho trabalho, procuro trabalho, quero trabalhar
O cara me pede o diploma, não tenho diploma, não pude estudar
E querem que eu seja educado
Que eu ande arrumado, que eu saiba falar
Aquilo que o mundo me pede não é o que o mundo me dá
Consigo um emprego, começa o emprego, me mato de tanto ralar
Acordo bem cedo, não tenho sossego, nem tempo pra raciocinar
Não peço arrego, mas onde que eu chego?
Só fico no mesmo lugar
Brinquedo que o filho me pede, não tenho dinheiro pra dar.

Rap  Rracionais (Mc’s)

Periferias, vielas, cortiços
Você deve tá pensando o que você tem a ver com isso
Desde o início, por ouro e prata
Olha quem morre, então, veja você quem mata
Recebe o mérito, a farda que pratica o mal
Me ver pobre preso ou morto já é cultural
Histórias, registros, escritos
Não é conto, nem fábula, lenda ou mito

TEXTO: 
Circuito Carioca de Ritmo e Poesia, o CCRP, é um movimento totalmente independente, nascido durante uma iniciativa civil: uma juventude que por falta de meios e estrutura, usaram a rua como meio de expressão artístico. Em 2010 logo após o sucesso de um primeiro evento no bairro do Botafogo, outros encontros culturais urbanos se estenderam em toda a cidade. Foi neste ano que o coletivo CPRC foi formado. Isto ajudou a organizar melhor estes eventos e a melhorar a divulgação na web, especialmente através das redes sociais. Cenas abertas e batalhas de rap estão no centro das reuniões organizadas pelo coletivo.
Este último não permitiu só a expansão dessa cultura da rima e da improvisação, mas também a cultura urbana como um todo: grafite, arte, skate e dança, com especialidade em cada distrito. A entrada é gratuita. O objetivo é democratizar o acesso à cultura, importá-la onde ela não está ou está pouco presente e, por meio da ocupação do espaço público. Farani no Botafogo, é o fruto. Antigo local de uso de drogas pesadas, a atmosfera mudou drasticamente depois ser cena da famosa primeira roda de rima.
A praça se tornou um lugar de divulgação artística e de socialização. A rede agora muito ativa, atende, em média, entre 5 000 e 8 000 jovens por semana em todos os oito bairros: Bangu, atualmente suspensa, devido à presença de milícias, Manguinhos segunda-feira, terça-feira Botafogo, Freguesia e Méier quarta-feira, Vila Isabel e Recreio quinta e sábado Lapa. O fenômeno das rodas culturais tomou uma escala ainda maior: sessenta lugares diferentes abriram as suas portas a estes eventos culturais em todo o estado do Rio de Janeiro, incluindo as cidades de Macacé, Teresopolis, Petrópolis.
Em novembro passado, por ocasião do quarto aniversário do coletivo, o CPRC organizou na Lapa, um festival da cultura de ritmo e rima, mas também sobre o circo, cinema, artesanato e arte em geral. A entrada foi gratuita. Os objetivos deste evento foram contribuir para a prestação de cultura urbana local, democratizar o acesso aos bens e serviços culturais e a promoção da leitura e da escrita.

OPORTUNIDADES PROFISSIONAIS

Além da sua jovialidade, esses eventos também oferecem a oportunidade para os participantes de criar uma rede profissional. Este é um momento em que o músico conhece o produtor, onde o designer se encontra com o diretor de uma galeria de arte, em suma, um lugar de encontro de trabalhadores autonomos. O trabalho do CPRC ajudou tanto a descobrir jovens talentos desconhecidos que, para mudar as carreiras de alguns artistas por falta de recursos e contatos na indústria da música.
UM DESEJO DE DIVERSIDADE
A idéia desses eventos é implementar a cultura urbana, e não apenas rap, na paisagem cultural do Rio de Janeiro. Mas também é inserida a cultura brasileira nesta disciplina musical. Há aqui uma vontade de se destacar do estereótipo do hip-hop norte-americano, onde muitas vezes a mulher é apresentada como um objeto sexual. Djoser Botelho Braz, produtor cultural, membro e fundador do CPRC, lembra que rima e improvisação estão presentes há muito tempo na música brasileira, incluindo samba, e não são, portanto, restringidas aos vizinhos estados-unidenses. Esta originalidade é construída utilizando, por exemplo, instrumentos e ritmos da música tradicional nacional.

PERGUNTA: 
Considerando o que você estudou, sobre “A nova Sociologia urbana”, como você relaciona as letras dos rappers, Gabriel, o pensador, e Os Racionais (MC’s) e o texto acima com os conceitos abordados, no que se refere à “A nova sociologia urbana”? Explique essa relação, apontando e relacionando esses conceitos? 

Soluções para a tarefa

Respondido por marianebarbosa15
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Resposta:

uau que texto bom adorei!

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