A violência é um fenômeno que tem como característica fundamental “o uso intencional e desejado da agressividade para fins destrutivos, em uma relação de poder caracterizada como assimétrica – entre pessoas, etnias ou nações – em que uma das partes está ou se pretende que esteja subordinada, subjugada” (TRASSI; MALVASSI, 2010, p. 44). A violência é intencional e depende da consciência do eu e da negação do outro enquanto sujeito. Mas Rousseau acredita que o homem, quando criança, é piedoso por natureza e usa sua agressividade somente para se defender do ambiente.
Se, como afirma Rousseau, quando criança somos piedosos, analise, a partir de seus estudos: por que adolescentes cometem atos infracionais?
Soluções para a tarefa
Sem delongas, vamos direto para a resolução da questão.
Para responder esta pergunta, vamos levar em consideração o que acontece em nosso país, o Brasil. Por aqui, os adolescentes acabam cometendo crimes ou atos infracionais porque a legislação é muito falha e não há punição da forma correta.
Como exemplo, podemos citar os menores criminosos (menos de 18 anos), que são pagos (mão de obra barata) por outros criminosos adultos para roubar e matar.
Espero ter contribuído.
Resposta:
Jean Jacques Rousseau, um dos mais importantes filósofos do iluminismo francês, dedicou-se a conhecer à essência do homem. Na sua concepção, a natureza humana é concebida como um conjunto de características intrínsecas e naturais ao homem, ou seja, seus sentimentos e suas paixões primitivas. Em outras palavras, trata-se das características que permaneceriam no homem e pendentemente da cultura, momento histórico ou da sociedade na qual este esteja inserido. Além do mais, ele sustenta a tese do estado de natureza humano, afirmando que o homem é bom por natureza e à medida que vai acontecendo o processo de socialização pode haver uma deturpação desta ordem natural.
Neste sentido, seguindo a linha de raciocínio de Rousseau chegamos à conclusão de que a vida em sociedade empurra o homem desde seu nascimento para a indiferença e o egoísmo; ao sentir-se mais importante que os demais, o homem não ouviria a piedade ditada pelo seu interior, pois, não mais se identifica com os outros. Daí a origem da violência. Ela é fruto da vida em sociedade. Não do estado de natureza do ser humano. Assim sendo, no exemplo citado na pergunta inicial, segundo Rousseau o ser humano e os adolescentes no caso citado, comentem atos infracionais por conta da deturpação da sociedade ao seu estado de natureza, despertando o egoísmo e a ganância fruto da vida em sociedade.
No entanto a questão é mais complexa do que apenas transferir a responsabilidade dos atos inflacionais para a vida em sociedade ou para o estado. Nesta mesma esteira, o próprio Rousseau reconhece um livre arbítrio, ele diz que o homem se diferencia dos demais animais por poder resistir a essa instrução dada pela natureza, “e é sobretudo na consciência dessa liberdade que se mostra a espiritualidade de sua alma”.
Na esteira de Rousseau os adolescentes infratores ou violentos são frutos da deturpação da ordem natural da natureza pela vida em sociedade, ou seja, eles são ensinados a ser violentos. Mas não é ingênuo a ponto de acreditar na transferência de liberdade, ou seja, os adolescentes também escolhem segundo critérios egoístas serrem violentos.
Por fim, tratar da violência no contexto em estamos inseridos vai muito além de generalizações. A questão está enraizada na cultura brasileira que é profundamente desigual. Quando existem muitas desigualdades de oportunidades, as oportunidades de violência são maximizadas. Para além da generalização, para além da transferência de responsabilidades, para além da ingenuidade sobre a natureza positiva, existe o mistério da iniquidade.
Explicação: