A violência das recentes reintegrações de posses de terrenos particulares ocupados em São Paulo traduz em cores fortes a carência habitacional do País. Ter uma casa própria não passa de sonho para grande parte dos brasileiros. Com déficit de oito milhões de casas, a habitação é um dos nossos principais problemas. Mais de 34,5% dos brasileiros vivem em moradias inadequadas. A urbanista e professora da Universidade de São Paulo (USP), Raquel Rolnik, que há mais de 1 ano ocupa o cargo de Relatora Internacional do Direito à Moradia Adequada do Conselho de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU), fala sobre esse grave problema: “Os lugares bons, urbanizados, com infraestrutura, estão bloqueados para os pobres”. Verifique alguns trechos da entrevista: Segundo o IBGE, 34,5% dos brasileiros vivem em condições inadequadas. O que isso acarreta? Significa que as oportunidades estão muito limitadas, bloqueadas. E é por isso que o lugar onde a pessoa vive é uma engrenagem muito importante da concentração de renda e de oportunidades no Brasil. O lugar tem a ver com a ideia de quem é cidadão e quem não é cidadão. Por que isso acontece? Os lugares bons, urbanizados, com infraestrutura, estão bloqueados para os pobres. E aí, acabam sobrando os lugares onde o mercado formal não pode entrar: beiras de córregos, encostas íngremes, áreas de preservação, mangues. Isso só vai parar se aumentar o acesso à moradia em lugar adequado para quem tem menos renda. Disponível em: . Acesso em: 10 ago. 2019. Essa situação não é recente no Brasil quando estudamos a história do país e observamos que há séculos os mais pobres moram em condições precárias nas grandes cidades brasileiras, principalmente a população negra em favelas. Isso aconteceu por dois fatores, o primeiro pela abolição dos escravos, que após serem libertos precisaram procurar um local para morar. E o segundo devido ao êxodo rural, em que a rápida modernização da agricultura impulsionou o trabalhador do campo a migrar para a cidade. Desse modo, a Geografia é a ciência que analisa as transformações no espaço. Diante do exposto, considere a alternativa correta que indica o princípio metodológico da ciência geográfica que explica a continuidade do fenômeno exposto no excerto, de acordo com o passado e o presente da condição de moradia nas cidades brasileiras. Alternativas Alternativa 1: Princípio da Analogia: no Brasil há inúmeros espaços com moradias precárias, sobretudo nas grandes cidades, em que os terrenos mais bem localizados e com infraestrutura, os valores são altos. Alternativa 2: Princípio da Conexidade: os efeitos de moradias precárias, principalmente de favelas, estão relacionados à pobreza de muitas pessoas que vivem com baixos salários e não conseguem adquirir moradia própria. Alternativa 3: Princípio da Extensão: o espaço de análise apresentado no excerto são os territórios das cidades brasileiras, mais, especificamente, os espaços precários de moradia, ausentes de condições básicas para a sobrevivência, como saneamento, transporte, saúde, lazer, educação e segurança. Alternativa 4: Princípio da Atividade: o contexto histórico de moradias precárias surgiu pelos dois fatores mencionados no excerto - abolição dos escravos e êxodo rural -, consequências que ainda são visíveis nas paisagens das cidades brasileiras do século XXI e que se perpetuará por mais algumas décadas. Alternativa 5: Princípio da causalidade: a modernização da agricultura e a abolição dos escravos foram as principais causas para organizar espaços precários de moradia, ou seja, esses dois fatores impulsionaram as pessoas a se organizarem em péssimas condições o que resultou em cidades desestruturadas.
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Resposta:
Eu marquei como certa a letra (E) pois está explicito a causa e o efeito. Pág 105
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